Plano de Combate de Michel Jetté é um filme que quando assisti ao seu trailer me despertou algum interesse visto ser uma história de prisão, marginalidade e de drama que aparentava ser estimulante.
Quando vi o respectivo dvd à venda por um daqueles preços mais que acessíveis, lá o adquiri e decidi constatar se era realmente tão bom como ameaçava ver.
A realidade é que.... não é. Começou por ser um trágico dissabor perceber que este filme franco-canadiano estava dobrado em inglês pela voz de alguém que mais aparentava ser actor porno tal era o mau da coisa.
A história consiste num tipo (Emmanuel Auger) que após cometer alguns crimes menores com a mulher de quem gosta (Karyne Lemieux) é apanhado e vai para uma instituição de alta segurança onde é obrigado a conviver com criminosos da pesada, onde é seduzido por um transexual e onde faz amizades com os alucinados do "bairro" ao mesmo tempo que para se proteger faz combates de boxe ganhando amizades de ocasião e os inimigos entre a mafia local.
Após as inúmeras atribulações que se esperam num filme que centra a sua acção no interior de uma prisão, poderíamos ter aqui um filme com alguma categoria e interesse mas que, na realidade, funciona totalmente ao contrário. Desde a dobragem para inglês à la porno, às interpretações que passam de interessantes a comico-ridículas, tudo neste filme roça descaradamente o porno-rasca sem nunca ser porno e ser assumidamente rasca.
O único aspecto que consegue ser algo positivo, mas não chega para salvar nada do dito, é uma banda-sonora da autoria de Gilles Grégoire que atinge algum interesse.
É na sua generalidade um filme pobre que mais aborrece do que estimula e para o qual apontamos mais defeitos do que algum ponto de interesse tornando-se perfeitamente dispensável.
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2 / 10
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