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Os Monstros Somos Nós de Marco Daroeira e Guilherme Trindade, este último que também assina o argumento, é uma curta-metragem de terror que apesar de alguns clichés do género e momentos mais ou menos esperados em certas situações, consegue constituir um bom e bem conseguido filme do género.
Catarina e Bianca são duas jornalistas que fartas das banais histórias e reportagens que costumam seguir propõem ao seu chefe (João Didelet) irem investigar um estranho e abandonado orfanato de onde todas as crianças desapareceram misteriosamente largos anos antes. Bruno e Pedro são outros dois jornalistas perdidos de amores pelas duas, as acompanham nesta sua missão como forma de as tentarem impressionar uma vez mais.
No entanto, mal chegam ao orfanato percebem que ele não está assim tão abandonado. Os acontecimentos precipitam-se a um ritmo alucinante, apenas para perceberem que a maior surpresa de todas estaria ainda para chegar.
Esta curta, como referi, tem alguns clichés óbvios e normais do género que representa, nomeadamente o facto de encontrarmos o telefone que não trabalha, a misteriosa televisão que aparece ligada num local abandonado ou até mesmo as portas fechadas e as janelas abertas por onde alguém está sempre à espreita e à espera de entrar. No entanto, também não deixa de ser verdade que este filme consegue ser um bom exemplar nacional do género e que por momentos consegue mesmo provocar um ou outro susto.
Com interpretações seguras, novamente repito... para o género, uma caracterização competente e um singular momento cómico já no decorrer da reportagem dos créditos finais (estejam muito atentos), este filme só "peca" por não ter tido uma duração bem maior onde o look labiríntico daquele orfanato bem como o seu aspecto claustrofóbico seriam ainda mais exponenciados e sentidos.
Em suma é um trabalho digno de registo positivo.
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7 / 10
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