O músico e compositor José Mário Branco foi galardoado com o Prémio Carlos Paredes - Carreira no âmbito da quinta edição do Festival Cantar Abril que se realizou na Academia Almadense, em Almada.
José Mário Branco nascido na cidade do Porto há 72 anos é "um expoente da música de intervenção portuguesa", como salientou um comunicado da Câmara Municipal de Almada que patrocina este galardão, referindo ainda que "iniciou a sua carreira durante o Estado Novo, tendo sido perseguido pela PIDE até se exilar em França, em 1963".
Do seu trabalho enquanto músico fazem parte colaborações com José Afonso, Sérgio Godinho, Fausto e Camané tendo ainda trabalhado para cinema enquanto compositor nos filmes como A Confederação: O Povo é que faz a História, de Luís Galvão Teles (1978), Ninguém Duas Vezes, de Jorge Silva Melo (1984), Três Menos Eu, de João Canijo (1988), Agosto, de Jorge Silva Melo (1988), I Morgen Mario, de Solveig Nordlund (1994), O Rio do Ouro, de Paulo Rocha (1988), A Raíz do Coração, de Paulo Rocha (2000) e dos documentários O Movimento das Coisas, de Manuela Serra (1985), Outro País: Memórias, Sonhos, Ilusões... Portugal 1974/1975, de Sérgio Tréfaut (2000), Fado Camané, de Bruno de Almeida (2014) e ainda das curtas-metragens A Estrela, de António Duarte (2005) e Camané As Gravações de Sempre de Mim, de Bruno de Almeida (2008).
José Mário Branco integrou alguns filmes enquanto actor nomeadamente O Som da Terra a Tremer, de Rita Azevedo Gomes (1990), Coitado do Jorge, de Jorge Silva Melo (1993) ou A Espada e a Rosa, de João Nicolau (2010) tendo ainda sido figura principal do documentário Mudar de Vida: José Mário Branco Vida e Obra, de Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo, sobre a sua trajectória.
De destacar que o Festival Cantar Abril homenageou nas suas passadas edições pessoas como Carlos do Carmo (2007), Sérgio Godinho (2009), Samuel (2011) e Luísa Basto (2013).
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