El Círculo de Raynard de María Valle e Manuel Vidal é uma longa-metragem espanhola de ficção que nos remete para um imaginário que mescla o fantástico e o suspense numa história que se inicia como um relato documental.
Uma equipa de gravação efectua uma reportagem sobre Friedrich Raynard, um criminoso de guerra nazi especialista no ocultismo que supostamente passou os seus últimos dias no norte de Espanha, quando se iniciam estranhos acontecimentos que colocam em causa as suas convicções mais básicas e mostrando que o mundo tem muito mais por explicar do que aquilo que as nossas crenças supunham.
Raúl González e Manuel Vidal escrevem o argumento deste filme que se pretende afirmar inicialmente como um relato documental e histórico sobre a relação tida entre o nazismo e o ocultismo e a próxima ligação que Hitler teve com estas ciências que o levaram a tentar contactar com o desconhecido e obter informação sobre o futuro e a sua "glória". Até aqui o espectador é levado a uma descoberta que, ainda que ficcional, desperta pela originalidade e inovação mas quando El Círculo de Raynard entre pelo domínio da ficção e fantástico para lá da reportagem documental, todo o filme parece entrar numa espiral que tenta remendar (-se) a cada segundo que passa.
"Marcos" (Manuel Vidal), "Sara" (Natalia Díaz), "Edu" (Luis Muñiz) e "Sergio" (David Carrio) são a equipa que se desloca para o norte de Espanha com o objectivo de realizar esta docu-reportagem e por muito esforço efectuado pelos respectivos actores, as suas personagens acabam por cair num conjunto de banalidades digno de um filme série B que se esforça mas acaba por cair no esquecimento e que funcionam quase exclusivamente como um veículo da história e não das suas próprias motivações formando ainda algumas suspeitas - desnecessárias para o espectador - sobre o eventual trio romântico "Marcos" - "Sara" - "Edu".
Rapidamente esquecido que está o misticismo e a sua eventual ligação ao nazismo alemão, El Círculo de Raynard perde-se numa vã tentativa de ligar as suas personagens apenas ao oculto, às viagens no tempo e a uma eventual duplicidade do mesmo que cria vários caminhos e eventuais reencarnações do "eu" nas diversas realidades que, de uma ou outra forma, se poderão encontrar sendo na sua essência distintos entre si. E ainda que exista a vontade de criar uma linha condutora entra a ideia inicial deste filme e aquela que acaba por ganhar protagonismo, a realidade é que ele deixa de ser coerente centrando-se apenas na premissa inerente a uma história de viagem temporal e pouco, muito pouco, no propósito documental com que se iniciou e na qual estava, em boa medida, a originalidade do mesmo.
Com um conjunto de efeitos especiais nem sempre conseguidos e uma caracterização dos actores frágil e pouco credível, El Círculo de Raynard apenas se sustém pela premissa daquilo que poderia ter sido, ou seja, uma história que apesar de ficcionada, se centrava na busca de alguns elementos históricos - também eles mais ou menos ficcionados para efeitos cinematográficos - que sustentassem a dramatização das suas personagens transformando-o assim numa história de suspense ou thriller histórico que cativasse pela sua capacidade de levantar questões. Aqui o que temos na sua maioria é uma amálgama de momentos nem sempre conseguidos e que se perdem entre o docudrama e o série B de ocultismo que não só se esquece com a certo momento cansa.
Falha na perspectiva de thriller, esquece os elementos mais básicos de suspense e terror que prendem o espectador ao ecrã sempre desejoso das próximas imagens e ignora na sua totalidade a reportagem que se propõe fazer no início - ainda que ficcionada repito - mas que lhe garantia a originalidade ao se tornar num filme diferente que aborda uma temática nem sempre aprofundada sobre o lado oculto do nazismo que se prende com abordagens medievais e práticas "desconhecidas" e que aqui se perde ao querer ser transformado em "mais um" filme do género suspense mas que... nem nisso triunfa.
Raúl González e Manuel Vidal escrevem o argumento deste filme que se pretende afirmar inicialmente como um relato documental e histórico sobre a relação tida entre o nazismo e o ocultismo e a próxima ligação que Hitler teve com estas ciências que o levaram a tentar contactar com o desconhecido e obter informação sobre o futuro e a sua "glória". Até aqui o espectador é levado a uma descoberta que, ainda que ficcional, desperta pela originalidade e inovação mas quando El Círculo de Raynard entre pelo domínio da ficção e fantástico para lá da reportagem documental, todo o filme parece entrar numa espiral que tenta remendar (-se) a cada segundo que passa.
"Marcos" (Manuel Vidal), "Sara" (Natalia Díaz), "Edu" (Luis Muñiz) e "Sergio" (David Carrio) são a equipa que se desloca para o norte de Espanha com o objectivo de realizar esta docu-reportagem e por muito esforço efectuado pelos respectivos actores, as suas personagens acabam por cair num conjunto de banalidades digno de um filme série B que se esforça mas acaba por cair no esquecimento e que funcionam quase exclusivamente como um veículo da história e não das suas próprias motivações formando ainda algumas suspeitas - desnecessárias para o espectador - sobre o eventual trio romântico "Marcos" - "Sara" - "Edu".
Rapidamente esquecido que está o misticismo e a sua eventual ligação ao nazismo alemão, El Círculo de Raynard perde-se numa vã tentativa de ligar as suas personagens apenas ao oculto, às viagens no tempo e a uma eventual duplicidade do mesmo que cria vários caminhos e eventuais reencarnações do "eu" nas diversas realidades que, de uma ou outra forma, se poderão encontrar sendo na sua essência distintos entre si. E ainda que exista a vontade de criar uma linha condutora entra a ideia inicial deste filme e aquela que acaba por ganhar protagonismo, a realidade é que ele deixa de ser coerente centrando-se apenas na premissa inerente a uma história de viagem temporal e pouco, muito pouco, no propósito documental com que se iniciou e na qual estava, em boa medida, a originalidade do mesmo.
Com um conjunto de efeitos especiais nem sempre conseguidos e uma caracterização dos actores frágil e pouco credível, El Círculo de Raynard apenas se sustém pela premissa daquilo que poderia ter sido, ou seja, uma história que apesar de ficcionada, se centrava na busca de alguns elementos históricos - também eles mais ou menos ficcionados para efeitos cinematográficos - que sustentassem a dramatização das suas personagens transformando-o assim numa história de suspense ou thriller histórico que cativasse pela sua capacidade de levantar questões. Aqui o que temos na sua maioria é uma amálgama de momentos nem sempre conseguidos e que se perdem entre o docudrama e o série B de ocultismo que não só se esquece com a certo momento cansa.
Falha na perspectiva de thriller, esquece os elementos mais básicos de suspense e terror que prendem o espectador ao ecrã sempre desejoso das próximas imagens e ignora na sua totalidade a reportagem que se propõe fazer no início - ainda que ficcionada repito - mas que lhe garantia a originalidade ao se tornar num filme diferente que aborda uma temática nem sempre aprofundada sobre o lado oculto do nazismo que se prende com abordagens medievais e práticas "desconhecidas" e que aqui se perde ao querer ser transformado em "mais um" filme do género suspense mas que... nem nisso triunfa.
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