Not Anymore: A Story of Revolution de Matthew Vandyke é uma curta-metragem documental de origem norte-americana, síria e turca que esteve presente na secção Social da sexta edição do Piélagos en Corto - Festival Internacional de Cortometrajes de Ficción que decorreu até ao passado dia 9 de Maio na Cantábria, em Espanha.
Esta curta-metragem documental entrega ao espectador uma diferente abordagem da revolução síria, ou seja, separando-se dos relatos oficiais da mesma, Not Anymore: A Story of Revolution permite-nos entrar no conflito através do olhar de Omar "Mowya" Attab - um rebelde sírio - e de Nour - uma jornalista - que, no terreno lutam pela liberdade do seu povo e nos acompanham pelos destroços de guerra criados por um regime opressor e maníaco.
Dotado de um registo documental que não se esquece o lado humano daqueles que lhe dão vida, esta curta-metragem reúne um conjunto de testemunhos e perspectivas que permitem que o espectador não só observe o grau de transformação geográfica do país que aos poucos definha pelas constantes guerras localizadas, pelos cercos organizados e também pelas retaliações governamentais que são frequentemente levados a cabo como forma de repressão pelas cidades que apoiam os rebeldes, aqui estamos ainda perante uma transformação pessoal de alguns dos intervenientes que na primeira pessoa falam do que foram e daquilo em que "agora" se transformaram. De pessoas simples e comuns com profissões ou ocupações banais, muitos destes rebeldes estão agora preparados para uma vivência completamente diferente daquela que em tempos pensaram ter.
No entanto, repletos de esperança nos olhos, tanto Mowya como Nour desabafam sobre o futuro - ou aquilo que dele esperam - sobre a forma como têm projectos para o mesmo - seu e do país - e principalmente com o desencanto como o dito Mundo Ocidental ignora (in)voluntariamente o conflito e as vítimas que ele deixa para trás ao ponto filmar um gato que cruza uma rua pois, segundo Mowya, "como na América os animais têm mais importância do que as pessoas na Síria, talvez assim por lá fiquem mais atentos se se filmar um gato".
De registo na primeira pessoa a um importante relato de um conflito que não sendo silencioso é preocupação menor deste ocidente, Not Anymore: A Story of Revolution é um grande testemunho sobre a resistência, sobre a (sobre)vivência e principalmente sobre um futuro que se espera como livre para todos. No entanto, uma questão subsiste... como pode a liberdade alguma vez existir se estes momentos de desespero de tantos continuam a ser esquecidos?
Dotado de um registo documental que não se esquece o lado humano daqueles que lhe dão vida, esta curta-metragem reúne um conjunto de testemunhos e perspectivas que permitem que o espectador não só observe o grau de transformação geográfica do país que aos poucos definha pelas constantes guerras localizadas, pelos cercos organizados e também pelas retaliações governamentais que são frequentemente levados a cabo como forma de repressão pelas cidades que apoiam os rebeldes, aqui estamos ainda perante uma transformação pessoal de alguns dos intervenientes que na primeira pessoa falam do que foram e daquilo em que "agora" se transformaram. De pessoas simples e comuns com profissões ou ocupações banais, muitos destes rebeldes estão agora preparados para uma vivência completamente diferente daquela que em tempos pensaram ter.
No entanto, repletos de esperança nos olhos, tanto Mowya como Nour desabafam sobre o futuro - ou aquilo que dele esperam - sobre a forma como têm projectos para o mesmo - seu e do país - e principalmente com o desencanto como o dito Mundo Ocidental ignora (in)voluntariamente o conflito e as vítimas que ele deixa para trás ao ponto filmar um gato que cruza uma rua pois, segundo Mowya, "como na América os animais têm mais importância do que as pessoas na Síria, talvez assim por lá fiquem mais atentos se se filmar um gato".
De registo na primeira pessoa a um importante relato de um conflito que não sendo silencioso é preocupação menor deste ocidente, Not Anymore: A Story of Revolution é um grande testemunho sobre a resistência, sobre a (sobre)vivência e principalmente sobre um futuro que se espera como livre para todos. No entanto, uma questão subsiste... como pode a liberdade alguma vez existir se estes momentos de desespero de tantos continuam a ser esquecidos?
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