O restante elenco está também, como aliás seria de esperar, muito bem escolhido e com interpretações de nível quer sejam elas principais ou secundárias. Impossível não destacar igualmente a interpretação de Winona Ryder que tem também um daqueles papéis dos quais já temos saudades de a ver, neste filme que foi em certa medida feio para ela brilhar.
Ao vermos este filme denotamos muitas parecenças com um outro feito quase 25 anos antes com outro que é uma lenda viva do cinema de Hollywood. Voando Sobre um Ninho de Cucos e Jack Nicholson têm aqui uma presença quase constante por muito do decorrer do filme. O próprio set e as personagens... O argumento que toca em pontos muito semelhantes... A afronta à autoridade, o internamento quase obrigatório... a fuga do hospital psiquiátrico para fazer todas aquelas coisas que todos nós fazemos para nos sentirmos simplesmente vivos e com algo ainda por viver.
Talvez por isso (não só mas também) este género de filme consiga sempre cativar a atenção do público e o reconhecimento internacional através da entrega de prémios quer aos seus actores quer aos seus técnicos. Por isso e pelo facto de ser uma história centrada numa época que remonta já há mais de quarenta anos mas que no entanto consegue ainda ter uma vitalidade, uma presença e um rigor que facilmente poderíamos encontrar nos nossos dias.
Brilhante relato das experiências de Susanna Kaysen adaptadas e realizadas de forma igualmente eficaz por James Mangold que ganha vida e intemporalidade através da fina interpretação de um conjunto de actrizes irrepreensível.
"Susanna: I know what it's like to want to die. How it hurts to smile. How you try to fit in but you can't. How you hurt yourself on the outside to try to kill the thing on the inside."
9 / 10
Sem comentários:
Enviar um comentário