Starman - O Homem das Estrelas de John Carpenter foi um dos filmes sensação do início dos anos 80 que contou com a participação de duas estrelas do momento: Jeff Bridges que foi nomeado ao Oscar de Melhor Actor por este papel e Karen Allen recém saída d'Os Salteadores da Arca Perdida.
Reza a história que no final da década de 70 o Homem lançou no espaço uma cápsula com uma mensagem de boas vindas em todas as línguas do Mundo a convidar alguma forma de vida existente noutra qualquer dimensão, para que nos visitasse.
Eis que anos depois, chega de facto uma visita que respondeu àquele convite. Starman, o Homem das Estrelas, interpretado aqui por Jeff Bridges, assume a identidade de um homem recentemente falecido, marido de Jenny Hayden (Karen Allen), e com ela pretende atravessar uma boa parte dos Estados Unidos, conhecendo e visitando o que pelo caminho surge, até se encontrar de novo com a sua "boleia" de volta a casa.
Aquilo que de início parece um assustador filme de ficção científica, pois afinal todos nós receamos o estranho e o desconhecido, e considerando o realizador em questão, bem "suponhos" o que nos espera, rapidamente percebemos que este filme é uma história de descoberta. Além disso não será um risco dizer que este filme é sim a descoberta do significado do amor por parte de alguém que nunca soube o que isso seria apesar de viver, cientificamente falando, muitos anos à nossa frente.
Pelo caminho "Starman" Bridges descobre então não só o que é o amor como a dádiva da vida, da amizade, da entrega e do sacrifício pelo bem daqueles que o rodeiam.
Confesso que da primeira vez que assisti a este filme, movido apenas pela curiosidade que me despertavam os dois actores protagonistas, que me senti nos momentos iniciais algo "intimidado" pelo que daqui haveria de sair, afinal de contas já tinha anteriormente assistido ao Príncipe das Trevas que na altura para um miúdo me fez ficar bem agarrado ao sofá.
No entanto, pouco tempo depois deste Starman começar, rapidamente deu para perceber que de assustador não iria ter nada. Antes pelo contrário. Deveria estar ali, "pelo menos" um agradável filme que fizesse entreter e passar um bom bocado. No final, foi ainda melhor. Foi tão bom ao ponto de perceber que estava aqui um dos filmes mais bonitos de sempre onde nos é permitido contemplar as pequenas coisas que nos rodeiam e que preenchem o nosso planeta de uma beleza sem limites.
Com um ritmo sempre entusiasmante e interpretações dignas de registo, Starman tem ainda uma comovente e bonita banda-sonora da autoria de Jack Nitzsche que apenas contribuem para uma maior intensidade dramática neste filme que é, diz-se, de ficção científica.
Simplesmente um dos mais maravilhoso clássicos dos anos 80 que jamais passará despercebido, pelo menos por parte daqueles que conseguem ver nele mais do que uma simples "visita" alienígena ao planeta Terra.
"Starman: Shall I tell you what I find beautiful about you? You are at your very best when things are worst."
10 / 10
Lembro-me mto bem deste filme e retive uma frase final..."Os humanos só dão o seu melhor quando algo corre mal" qq coisa assim...
ResponderEliminarAbraço-te
É um filme muito bonito... não haja dúvida :)
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