domingo, 4 de julho de 2010

Only the Lonely (1991)

Eu, Tu e a Mamã de Chris Columbus é uma divertida comédia com um elenco de luxo onde se destacam as participações de John Candy, Maureen O'Hara, Anthony Quinn e James Belushi.
Danny Muldoon (John Candy) um polícia já nos seus trinta's e ainda a viver sob a forte influência de Rose (Maureen O'Hara) a mãe irlandesa e profunda segregacionista que considera que todos estão numa escala inferior aos irlandeses, apaixona-se por uma italo-americana que trabalha numa agência funerária.
Dito isto, o que daqui vem já será esperado: uma completa confusão. Rose não permite que o filho se mistura com outros povos... Há que manter a espécie irlandesa "pura"... Como será de esperar as aventuras e os problemas são mais do que certos.
Mas, há sempre um mas... Também Rose vai cair nas malhas sedutoras de Nick (Anthony Quinn), um grego que tenta tudo por tudo conquistar o seu frio coração.
Nada melhor do que uma boa comédia, por ter história e por ter interpretações excelentes de um conjunto de actores de reputação, para mostrar de forma crua mas divertida os preconceitos existentes entre os povos... Como eles se iniciam, como perduram durante o tempo e como se baseiam fundamentalmente em ideias e raciocínios sem qualquer tipo de sentido.
Mas acima de tudo é um filme com um sentido de humor fantástico e com interpretações dignas de atenção, considerando o facto de ser um filme de comédia, que conseguem provocar risos e gargalhadas sem caíram em piadas fáceis ou brejeiras mantendo assim todo o filme com um elevado nível de qualidade.
O ponto MUITO forte do filme? Sem qualquer sombra de dúvida que é Maureen O'Hara. Esta actriz que atingiu a sua reputação noutras décadas e que aqui quase deu uma "perninha" num filme feito para ser êxito de bilheteira, tem aqui novamente um papel feito à sua medida. Ela rouba a atenção de todos os outros actores. Nós, como público, esperamos sempre que apareça de novo no ecrã e que ao abrir a boca para mais uma deixa nos consiga "atirar contra a parede" pela sua imensa frieza e desdém para com todos.
Por muito que não se queira e não se concorde com as "suas" ideias é impossível não simpatizar com ela e até, de certa forma, tê-la por perto. É de longe, sem qualquer dúvida, a grande força do filme (entregasse eu os Oscars...).




10 / 10

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