Calma de Morte de Phillip Noyce é um (in)tenso drama com a participação de Sam Neill, Nicole Kidman e Billy Zane passado em alto mar.
Temos um casal, Rae e John (Kidman e Neill) que para revitalizarem a sua relação e viverem em descanso durante uma temporada decidem fazer uma viagem no seu barco pelo Pacífico. Durante esta viagem deparam-se com Hughie (Zane) que sai de um barco e que se faz convidado no barco do casal. Pouco tempo depois revela a sua verdadeira personalidade, e enquanto John investiga o barco de onde Hughie veio, este abandona-o em alto mar, sendo que é assim que nós descobrimos que Rae tem a bordo um verdadeiro psicopata.
As interpretações são de mestre. Qualquer um dos actores evoca muito naturalmente o espírito que cada uma das personagens deve realmente ter. Zane é brilhante como psicopata. Consegue ser assustador e depois de olharmos para aqueles olhos que mais parecem encarnar algum espírito não muito positivo, esperamos quase tudo com que ele nos possa surpreender.
Neill como o marido que tenta tudo por tudo para sobreviver em alto mar após ter sido abandonado à sua sorte mostra-nos o que é verdadeiramente o rosto do desespero sem, contudo, ter esse sentimento expresso no seu rosto. Sentimos apenas pelas suas acções quase vãs de sobrevivência que ele próprio percebe que pode estar realmente nos últimos momentos da sua vida. Finalmente Kidman, como a refém numa enorme prisão que tenta por tudo sobreviver e regressar atrás para salvar o seu marido detido com um estranho psicopata, mostra-nos o quão longe podem ir as pessoas para tentar (sobre)viver independentemente das dificuldades ou obstáculos com que deparam.
Mais atrás disse "finalmente"... Finalmente não, pois esquecemos o pequeno cão do casal que inicialmente consegue provocar-nos a maior das simpatias mais através de um ou outro momento consegue provocar-nos alguma "fricção"... mas não deixa de ser um dos poucos momentos menos tensos de todo o filme.
Um outro ponto alto deste filme é mesmo a sensação de claustrofobia que consegue provocar-nos, independentemente de "estarmos" num espaço aberto e enorme mas que, por não nos permitir avançar para muitos locais começamos a sentir quase uma sensação de sufoco por nos encontrarmos ali. É quase a sensação de prisão a céu aberto. Não estamos detidos mas ao mesmo tempo também não podemos sair do espaço onde nos encontramos. Este é sem dúvida um ponto forte do argumento e claro, do filme. Sentimos a todo o momento não só a tensão criada pela sensação de perigo que aquela "pessoa" provoca a outras, como também a própria tensão por estarem num espaço de onde ninguém pode fugir. Estão todos ali sem qualquer hipótese de fuga do inimigo.
Este aspecto define muito do que é o filme. Muito na medida em que esta sensação contribui de uma forma muito próxima para a de tensão sempre crescente que temos durante toda a duração do mesmo. Sentimo-nos quase "desconfortáveis" por nos encontrarmos num ambiente tão "fechado" e de onde percebemos não conseguir escapar.
O mesmo sucede com a banda-sonora da autoria de Tim O'Connor e Graeme Revell que apenas acrescenta mais tensão, e consequentemente nervosismo, a uma história e acção que são por si só já constrangedoras.
Como nota pessoal, é igualmente curioso ver um dos primeiros grandes filmes que Nicole Kidman fez, e de notar que já se sentia algo que a iria tornar grande e detendora de participações em filmes igualmente grandes.
Intenso e poderoso drama de acção e claustrofóbico que nos revela que quando chega um filme vindo da Austrália, também é de ter em atenção e descobrir o que daqueles terras vem.
.Temos um casal, Rae e John (Kidman e Neill) que para revitalizarem a sua relação e viverem em descanso durante uma temporada decidem fazer uma viagem no seu barco pelo Pacífico. Durante esta viagem deparam-se com Hughie (Zane) que sai de um barco e que se faz convidado no barco do casal. Pouco tempo depois revela a sua verdadeira personalidade, e enquanto John investiga o barco de onde Hughie veio, este abandona-o em alto mar, sendo que é assim que nós descobrimos que Rae tem a bordo um verdadeiro psicopata.
As interpretações são de mestre. Qualquer um dos actores evoca muito naturalmente o espírito que cada uma das personagens deve realmente ter. Zane é brilhante como psicopata. Consegue ser assustador e depois de olharmos para aqueles olhos que mais parecem encarnar algum espírito não muito positivo, esperamos quase tudo com que ele nos possa surpreender.
Neill como o marido que tenta tudo por tudo para sobreviver em alto mar após ter sido abandonado à sua sorte mostra-nos o que é verdadeiramente o rosto do desespero sem, contudo, ter esse sentimento expresso no seu rosto. Sentimos apenas pelas suas acções quase vãs de sobrevivência que ele próprio percebe que pode estar realmente nos últimos momentos da sua vida. Finalmente Kidman, como a refém numa enorme prisão que tenta por tudo sobreviver e regressar atrás para salvar o seu marido detido com um estranho psicopata, mostra-nos o quão longe podem ir as pessoas para tentar (sobre)viver independentemente das dificuldades ou obstáculos com que deparam.
Mais atrás disse "finalmente"... Finalmente não, pois esquecemos o pequeno cão do casal que inicialmente consegue provocar-nos a maior das simpatias mais através de um ou outro momento consegue provocar-nos alguma "fricção"... mas não deixa de ser um dos poucos momentos menos tensos de todo o filme.
Um outro ponto alto deste filme é mesmo a sensação de claustrofobia que consegue provocar-nos, independentemente de "estarmos" num espaço aberto e enorme mas que, por não nos permitir avançar para muitos locais começamos a sentir quase uma sensação de sufoco por nos encontrarmos ali. É quase a sensação de prisão a céu aberto. Não estamos detidos mas ao mesmo tempo também não podemos sair do espaço onde nos encontramos. Este é sem dúvida um ponto forte do argumento e claro, do filme. Sentimos a todo o momento não só a tensão criada pela sensação de perigo que aquela "pessoa" provoca a outras, como também a própria tensão por estarem num espaço de onde ninguém pode fugir. Estão todos ali sem qualquer hipótese de fuga do inimigo.
Este aspecto define muito do que é o filme. Muito na medida em que esta sensação contribui de uma forma muito próxima para a de tensão sempre crescente que temos durante toda a duração do mesmo. Sentimo-nos quase "desconfortáveis" por nos encontrarmos num ambiente tão "fechado" e de onde percebemos não conseguir escapar.
O mesmo sucede com a banda-sonora da autoria de Tim O'Connor e Graeme Revell que apenas acrescenta mais tensão, e consequentemente nervosismo, a uma história e acção que são por si só já constrangedoras.
Como nota pessoal, é igualmente curioso ver um dos primeiros grandes filmes que Nicole Kidman fez, e de notar que já se sentia algo que a iria tornar grande e detendora de participações em filmes igualmente grandes.
Intenso e poderoso drama de acção e claustrofóbico que nos revela que quando chega um filme vindo da Austrália, também é de ter em atenção e descobrir o que daqueles terras vem.
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7 / 10
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