terça-feira, 4 de agosto de 2015

Fantastic Four (2015)

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Quarteto Fantástico de Josh Trank é uma longa-metragem norte-americana que lança o espectador em mais uma incursão no mundo dos super-heróis - qual típico filme de Verão.
Reed Richards (Miles Teller) cresceu com a ideia de construir uma máquina que viajasse no tempo. Os seus ambiciosos planos chegam ao conhecimento de Franklin Storm (Reg. E. Cathey) que o recruta para a sua equipa composta pelos dois filhos Johnny (Michael B. Jordan) e Sue (Kate Mara) e com a dedicada ajuda de Ben Grimm (Jamie Bell) e de Victor Von Doom (Toby Kebbell), Reed consegue cumprir os seus planos.
Quando afastados do projecto que lhe levou toda a sua vida Reed decide que ele e a sua equipa têm de ser os primeiros a testá-la mas... num universo de tempo e espaço desconhecido, Reed não contava com as consequências que iriam transformar radicalmente as vidas de todos conferindo-lhes inclusive novas identidades.
Fantastic Four é assim o habitual filme de Verão repleto de efeitos especiais estonteantes e cujo primeiro capítulo se destina única e exclusivamente a iniciar aquela que será eventualmente uma saga cheia de sequelas e consequentes histórias paralelas sem fim. Bilheteira, a quanto obrigas?! Pelo meio, o que sobra? Uma história condenada aos lugares comuns habituais dos jovens extremamente inteligentes mas que são socialmente inadaptados e que formam aquilo que facilmente poderemos identificar como um clã... Todos pertencem ao mesmo grupo, conhecem as virtudes e defeitos mútuos e parecem saber o que e como os demais pensam a cada momento.
Pelo caminho fica uma tentativa de alerta sócio-ecológico sobre as condições deploráveis a que o Homem tem condenado o Planeta Terra - que oportunamente chega na mesma altura em que a população mundial parece estar a consumir a produção máxima do planeta vivendo agora de um "empréstimo" do próximo ano - e aquela já gasta mensagem de que não devemos renegar os jovens inteligentes pois eles, por muito que pareçam vindos de outro planeta são, afinal, iguais a todos nós... apenas francamente mais inteligentes. Se a isto juntarmos que existe sempre a desvirtualização do Bem a favor do Mal - tecnologia e recursos de outro planeta que poderão ser utilizados na Terra sob troca de elevadas quantias de dinheiro e logo, mais poder bem como o uso dos então transformados jovens em super-heróis que é como quem diz mais poder militar sobre o "inimigo" (seja lá ele quem fôr) - então Fantastic Four tem os elementos todos para garantir ao espectador e fã que as sequelas irão chegar e desta vez já com as nossas personagens confortáveis na sua nova pele enquanto "salvadores" da Humanidade.
Sem grandes rasgos ou marcos a nível de interpretação, Jamie Bell, Miles Teller, Kate Mara e Michael B. Jordan afirmam o seu protagonismo todos eles saídos de outras obras bem mais significativas nas suas carreiras mas que, como sabemos, não garantiram grandes cheques no bolso. E ainda que este filme lhes garante trabalho - fílmico e promocional - para os próximos largos tempos, a questão que se me coloca é... será que valerá a pena participar neste tipo de filmes que, não sendo executado na perfeição, os deixa simplesmente como "mais um" num mercado já saturado de sagas de super-heróis?
Simpático pela qualidade dos efeitos especiais Fantastic Four não deixa grandes referências para lá desse marco positivo, tudo o resto já está visto em dezenas de outros melhor executados não necessariamente a nível técnico mas seguramente a nível de argumento e desenvolvimento das suas personagens. Numa palavra.... entretém.
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4 / 10
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