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Neste filme seguimos o percurso de Tracy (Blanchett) uma drogada já recuperada que tenta ter uma vida normal como gerente de um clube de vídeo e que ao mesmo tempo que tenta tomar conta sózinha do negócio lhe vê todas as portas vedadas devido ao seu passado.
Continua a relacionar-se com Lionel (Weaving) que se encontra cada vez mais embenhado nos meandros da droga, e com o seu próprio irmão Ray (Martin Henderson) também ele ainda a viver do negócio da droga. Ainda vivem com a mãe que tenta desesperadamente que se separem dos caminhos da droga que lhes arruinou a vida.
Brilhante filme que cruza temas tão importantes como a droga, a morte, as segundas oportunidades e valores como o da família.
Temas estes abordados por um conjunto notáveld e actores, onde se destacam os nomes anteriormente mencionados, e entre eles é impossível não referir em particular os novos de Cate Blanchett e de Hugo Weaving. A primeira já todos nós estamos habituados aos magníficos filmes que nos tem entregue, com desempenhos sentidos e sinceros cheios de vitalidade e energia onde a sua entrega é total. Aqui no papel desta mulher atormentada com a possibilidade de uma segunda oportunidade que lhe parece estar cada vez mais vedada, Blanchett entrega um sentido, emocionante e contigo relato de uma pessoa à beira de um abismo que não pode ser contornado.
Quanto a Weaving, que o lembramos de papéis como em Matrix ou na saga Senhor dos Anéis, aqui encontramo-lo num papel quase irreconhecível devido à sua excelente caracterização e também o temos num sentido e emocionante registo dramático justificando em absoluto o prémio de melhor actor da academia de cinema australiano que recebeu. Têm ambos dignos papéis de perfilar entre os melhores, mas não nego que Weaving é surpreendente e arrebata todo o filme com a sua prestação.
Se o cinema australiano já nos entregou uns quantos bons exemplos da sua arte, este Little Fish é sem sombra de dúvida um dos grandes dos últimos anos. Digno de ver.
"Tracy: The past is right here. It's right here."
8 / 10
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