Striptease de Andrew Bergman conta-nos a história de Erin (Demi Moore) que se vê obrigada a trabalhar num bar de striptease como forma de ter dinheiro para a batalha legal que se avizinha para poder manter a custódia da sua filha menor. Pelo caminho vê-se envolvida numa perseguição por parte de um congressista (Burt Reynolds) que vê nela uma musa bem como por parte do seu ex-marido e dos mafioso da lo sítio, enquanto é também alvo da simpatia de um polícia (Armand Assante) que a tenta ajudar.
Com este filme, muito aguardado à altura, Demi Moore conseguiu aquilo que até então nenhuma actriz havia conseguido, ou seja, ultrapassar a fasquia dos 12 milhões de dolares de salário por um filme e que, aliado à história do próprio filme, tornou a fasquia demasiado alta, e que depois para muitos se revelou como uma franca desilusão pois, de conteúdo, ele pouco tem.
Aquilo que a mim me espanta é como sabendo o que se esperar de um filme com uma história mais que batida, ainda se conseguem ter grandes expectativas de que se vai encontram um daqueles filmes memoráveis.
Eu assumo. Não me desiludiu. Porquê? Porque é um daqueles filmes que temos de encarar de espírito aberto. Se fôr engraçado, é óptimo. Se não valer de nada... Também não se estava à espera de grande coisa. O resultado? Um filme que se pode considerar uma comédia ligeira com alguns momentos engraçados e que ainda nos fazem ter umas quantas risadas genuínas. Alguns desses momentos à custas dos diálogos e situações originados pelas stripers e a grande maioria delas proporcionados pela personagens do congressista Dilbeck (Reynolds).
Fora isto, o filme não trás absolutamente nada de inovador ou de diferente à excepção, claro, de ser possivelmente a primeira vez que Demi Moore se expôs quase em nu integral, algo que até então nunca havia feito.
Tendo ganho seis Razzies no ano em que foi nomeado, incluindo para Pior Filme e Pior Actriz, este filme foi exageradamente mal compreendido, especialmente se pensarmos que a concorrer ao seu lado estava esse sim, uma pérola do mau, Barb Wire.
Divertido e com algumas piadas bem conseguidas, para quem não conhece vale sempre a pena dispensar algum tempo para o ver sem que, claro está, se espere aqui encontrar o filme da vida.
6 / 10
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