Código Momentum de Stephen Campanelli é uma longa-metragem de co-produção norte-americana e sul-africana que conta com a interpretação protagonista de Olga Kurylenko enquanto "Alexis", uma enigmática ladra envolvida num escândalo que pode abalar a Casa Branca.
Depois de mais um assalto a um banco onde a sua identidade é revelada, Alexis procura uma forma de ficar com o resultado do furto - diamantes - e fugir de uma vida com a qual já não se identifica iniciando todo um novo processo sob uma nova identidade. Mas, quando Alexis se vê envolvida num escândalo político, verifica que a sua segurança não é tão garantida como aquilo que pensava. Poderá ela sobreviver a esta sua última missão?
Momentum é, desde os primeiros instantes, um daqueles filmes dos quais já sabemos o que esperar... Com efeitos especiais pouco trabalhados, um argumento com mil e uma falhas e fragilidades e um conjunto de actores que pouco pode fazer quando nada em seu redor indica ou dá sinais de qualquer tipo de qualidade. Dito isto, o que esperar daqui?! Pouco... muito pouco!
Olga Kurylenko e a sua "Alexis" dominam quase na totalidade este filme não só por ser a sua intérprete principal como também por todos os planos e momentos da acção terem a sua figura lá pelo meio. Habituada a este género de acção e a um To the Wonder (2012) onde revela um pouco mais do que a sua evidente beleza, Kurylenko tenta dar alguma cor a um filme cujas pontas soltas insistem em não se colar. Com um argumento pouco sólido e diálogos que parecem ter sido elaborados em cima do joelho (para ser simpático), aquilo que se tenta salvar de um filme perdido são as sequências de acção mais ou menos originais mas que, se o espectador estiver com um pouco mais de atenção - o que se torna difícil dada a quantidade de disparates e lugares comuns aqui filmados - então poderemos assistir a um filme onde tudo (praticamente tudo) já foi pensado, filmado e visto.
Da originalidade zero a uma execução que teima em centrar-se em diálogos pouco conexos de actores completamente subvalorizados - nem um brilhante Morgan Freeman consegue incutir alguma qualidade a Momentum e, enquanto nota pessoal... Morgan, não te metas mais em coisas deste género - aquilo que a dada altura se espera é que este filme termine e que nos - espectadores - o esqueçamos com igual velocidade.
Do assalto (que corre mal), à estadia "escondida" num hotel de cinco estrelas (que também corre mal), sem esquecer a salvaguarda da identidade das potenciais vítima (que tem o mesmo destino) a uma improvável salvação dos ladrões que afinal nem são tão maus como aqueles que os perseguem, Momentum é um sem fim de lugares comuns, interpretações pobres que envergonham o anterior trabalho de todos estes actores e um argumento que, se soprado, desaparece como uma qualquer fumaça resultante de uma fogueira bem preparada. Se distrai o espectador? Claro que sim, tem alguns segmentos de acção e um quanto baste de piadolas já usadas mas que distraem a mente e o cérebro do dia-a-dia mais extenuante mas, na prática, Momentum não funciona como um filme mas sim como um cartão postal daquilo que não deve ser feito.
Uma desilusão enquanto filme de acção onde a originalidade é zero e onde impera a cópia de outras obras do mesmo género, Igual desilusão enquanto um pobre receptáculo de actores que, independentemente da sua veia mais "comercial", não mereciam ter esta obra no seu curriculum, e não me refiro apenas a Morgan Freeman mas também a Kurylenko ou até James Purefoy que permanece nas nossas mentes enquanto "Solomon Kane" no filme de género homónimo e que apesar de um clássico de época não deixa de ser sedutor pela sua verve artística (dentro do género).
Momentum vale pelo que vale... e dizer isto é dizer pouco para o pouco que ele vale. Anima (?) enquanto obra de entretenimento de momento e consegue surpreender de forma muito ligeira pela tentativa de criar um final elaborado mas que, mesmo nele, se perde caindo na casualidade e na circunstância que faz transparecer que nem mesmo os actores envolvidos conseguem perceber como ele se desenrolou.
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