.
Gone - A Viagem de uma Vida de Ringan Ledwidge tem em Scott Mechlowicz o seu actor principal e o vilão psicótico de serviço.
Feito muito ao estilo de The Hitcher (1986), de Robert Harmon, o referido psicopata - aqui não tão anónimo e inicialmente aparentemente inocente - faz literalmente a vida negra àqueles por quem nutre uma estranha e doentia "simpatia", este Gone não inova no que ao estilo diz respeito mantendo-se, de uma forma geral, naquele clima de jogo do gato e do rato com as suas potenciais vítimas, denotando uma química física e sexual com as mesmas e, para lá destes aspectos, evidenciar uma qualquer doentia solidão que o priva de uma relação normal com os demais impondo(-se) sobre eles a sua presença nem sempre desejada.
As interpretações, não sendo limitadas, também não conseguem cativar de forma original o espectador limitando-se a exibir uma (des)controlada juventude sedenta de novas experiências e amizades até ao momento em que percebem que as suas vidas começam a entrar num caminho do qual a saída parece difícil ou, pelo menos, muito complicada. Longe de um estilo psicopata controlado exibido por Rutger Hauer no já referido The Hitcher, aos actores de Gone falta uma certa química de e para com a vida... Uma pitada de psicopatia ao "Taylor" de Scott Mechlowicz e uma quanta "qualidade" de vítimas a "Alex" e "Sophie" que pouca empatia geram para com o espectador que observa a sua espiral de decadência.
Talvez como o único e, como tal, mais destacado elemento positivo de Gone resida no percurso pelo interior desértico australiano fazendo, dessa forma, com que o espectador se sinta numa total vulnerabilidade ao perceber que em caso de necessidade - e ela está presente neste caso - não existir ninguém por perto a quem recorrer. É aqui que o instinto de auto-preservação e sobrevivência se consegue manifestar mais acentuadamente mas, ainda assim, não o suficiente para transformar Gone naquele filme marcante do género em questão.
Talvez como o único e, como tal, mais destacado elemento positivo de Gone resida no percurso pelo interior desértico australiano fazendo, dessa forma, com que o espectador se sinta numa total vulnerabilidade ao perceber que em caso de necessidade - e ela está presente neste caso - não existir ninguém por perto a quem recorrer. É aqui que o instinto de auto-preservação e sobrevivência se consegue manifestar mais acentuadamente mas, ainda assim, não o suficiente para transformar Gone naquele filme marcante do género em questão.
Com um ou outro momento mais inquietante - escassos! - em Gone destaca-se a direcção de fotografia de Ben Seresin deixando para trás muitos aspectos que necessitariam ser respondidos nomeadamente no que diz respeito a "Taylor" e a origem do seu estranho e sombrio comportamento. Aceitável para um final de semana mais monótono mas, ainda assim, nada que permaneça na memória para lá desse mesmo instante remetendo sempre o seu espectador para o clássico do género que é The Hitcher.
.
6 / 10
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário