Os Substitutos de Jonathan Mostow centra a sua acção num mundo futurista onde a grande maioria dos humanos vivem isolados nas suas casas e enviam para o exterior cópias robóticas suas de forma a que não possam sentir medo, dor, violência ou qualquer tipo de emoção que os possa fisicamente prejudicar.
Quando numa noite os assassinatos voltam a assolar uma sociedade aparentemente perfeita onde ninguém tem nada a recear, Tom Greer (Bruce Willis) um detective também ele isolado na sua casa tem de abandonar o conforto que sente afastado do mundo que o rodeia e tentar desvendar o mistério que se esconde por detrás de tal fenómeno.
Willis, que para mim se encontra em baixo de forma há muito tempo, tem aqui mais um exemplo de que os seus tempos áureos já lá vão quer em conteúdos de acção quer nos poucos registos dramáticos que teve. Aqui, apesar de o argumento do filme poder prometer algumas situações interessantes e uma história que poderá dar que pensar e reflectir, Willis entrega um desempenho quase que apagado e sem energia, tudo espelhado pela pouca vivacidade, e possivelmente pouco empenho, que transmite com o seu olhar.
Com a participação de Radha Mitchell e de James Cromwell, também eles com pouco gás e entrega às personagens que interpretam, este filme no que diz respeito a actores está bem servido, mas com os seus desempenhos apagados e pouco trabalhados mais parece que são os actores de facto robots.
Será isto um ponto positivo considerando a sua história? Não... Lá que eles interpretem papéis onde fazem de robots eu até posso compreender, agora representarem como se nem lá estivessem é demais. Estão lá quase ao estilo de ter o cartão à frente com as falas e limitam-se apenas a ler.
Pontos positivos do filme... Poucos. Muito poucos. Além de como já referi a história ter algum interesse caso tivesse sido bem trabalhada (o que não foi), o final mais que previsivel conseguiu surpreender pela positiva não estragando ainda mais um filme que por si só não consegue ultrapassar o nível de mediano e que nos faz desejar que o Bruce Willis que "conhecemos" e amamos volte em força com algo que revitalize a sua cada vez mais apagada carreira.
6 / 10
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