O Fim de Rowan Strang é uma curta-metragem neo-zelandesa cuja história se centra num mundo onde tanto a vida humana como vegetal se encontra num completo estado de decadência. Onde as poucas pessoas que existem estão a morrer e a vida vegetal que a poderia alimentar escasseia e insiste em não se desenvolver ou crescer, o mundo aparenta estar a dar os últimos sinais de vida e resistência.
Misteriosamente, e por entre recordações de um passado corrompido pelo poder económico que originou o caos, um dos últimos sobreviventes humanos consegue encontrar uma planta que indicia que o planeta está finalmente a regenerar-se. Mas, para que esta recuperação seja definitiva, ela terá de sacrificar algo que para ele pode já ter pouco significado, mas que para o que resta da Humanidade poderá ser um bem maior.
Com uma mensagem ecológica actual e uma económica bem presente nos dias que atravessamos, esta curta-metragem consegue trazer um fôlego novo para o género em que se insere através do seu original e bem pensado final que impressiona pelo altruísmo.
Esta curta contém ainda alguns planos bem interessantes, quase líricos, como o momento em que este homem idoso atravessa uma praia deserta onde se vê a profundidade de um mar imenso mas que graças a uma fotografia que não permite grande cor, numa alusão à falta de vida que se faz sentir, torna o ambiente pesado e sombrio.
Este é assim um interessante trabalho que, mesmo não sendo completamente original, não deixa de ser competente e bem elaborado.
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7 / 10
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