domingo, 6 de junho de 2010

Robin Hood: Prince of Thieves (1991)

Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões de Kevin Reynolds que além de ser um filme com um elenco de estrelas entre as quais figuram Kevin Costner, Morgan Freeman, Christian Slater, Maria Elizabeth Mastrantonio e Alan Rickman foi ainda um dos grandes sucessos dos anos 90 no cinema tendo sido, à altura, um dos filmes mais aguardados do ano e que continha uma invejável banda-sonora. Nesta mesma banda-sonora figurava uma das música símbolo da época da autoria de Brian Adams, Everything I Do (I Do it for You) e que haveria de ser nomeada para o Oscar de Melhor Canção Original.

Começando pelos actores, foi com este filme que Kevin Costner conseguiu vencer um Razzie de Pior Actor do Ano. Posso ser suspeito para falar deste filme pois gostei de o ver e representa um marco para mim importante, no entanto não sou capaz deixar de dizer que é um filme emocionante e com uma bonita história de amor recheada de acção e aventura.
O desempenho de Costner, que pode não ser o mais brilhante da história do cinema (não o será realmente), mas não deixa de ser um bem elaborado e trabalhado papel que o actor agarra bem e não desilude. Daí que ache que o Razzie mais não é do que um puro golpe anti-Costner do que propriamente pelo seu trabalho neste filme.
Actor principal à parte, falta falar nos dois mais significativos actores secundários, e são eles Alan Rickman e Morgan Freeman. Aqui serei possivelmente ainda mais suspeito a falar pois são dois dos meus actores lista A, que é como quem diz... o melhor do melhor.
De Rickman a "única" coisa que posso dizer é que depois de o ver no Assalto ao Arranha-Céus fiquei com a certeza absoluta que, e aqui vou utilizar um cliché, "quando ele faz papel de bom... é BOM... quando faz de mau é ainda MELHOR". Perverso, mas com um toque de humor negro e sádico que o colocam num patamar elevado dos vilões do cinema. Justíssimo vencedor do BAFTA de Melhor Actor Secundário, e é impossível deixar escapar que transborda charme e personalidade neste filme.
Quanto a Morgan Freeman, esse GRANDE senhor do cinema, o qual não tenho qualquer complexo em assumir que é o meu actor preferido de sempre, foi com este papel que lhe comecei a prestar atenção. A partir daqui bastava ver o nome dele num qualquer trailer para saber que era um filme que eu simplesmente TINHA de ver. Ele irradia uma personalide imensa, postura, bom desempenho, valores morais, integridade e tanto, mas TANTO mais, que será impossível não gostar dele. Pegando numa frase já bem conhecida não do cinema mas da música... Simply the BEST!
Quanto ao restante filme, não se pode fazer um grande destaque ao argumento em si pois a história e eventualmente muitos dos diálogos já são conhecidos de todos nós, tal não é a quantidade de vezes que já foi transportada para o cinema. No entanto é seguro dizer que foi uma adaptação ambiciosa e que contou com um vasto leque de grandes estrelas do cinema o que lhe deu o devido destaque e como já referi, também o tornoou num dos filmes mais aguardados do ano com uma choruda receita de bilheteira.
Demais aspectos positivos a referir do filme, que para mim são quase todos, são por exemplo o magnífico trabalho de guarda-roupa da autoria de John Bloomfield que consegue captar na perfeição as diferenças entre classes da Idade Média, separando clero, nobres e povo e dando a cada um deles o seu respectivo traje mais ou menos elaborado.
Finalmente é de referir que este filme não cansa veja-se quantas vezes for possível. É emocionante de cada vez que o vimos e nunca consegue tornar-se aborrecido. Há sempre algo de novo que nos capta a atenção e, ao mesmo tempo, consegue ser um filme bem ritmado, com inúmeras situações emocionantes e repleto de acção e de aventura do princípio ao fim.
Pelo que vou lendo hoje a respeito deste filme, noto que é muito pouco apreciado nos meios ditos "especializados". Não entendo bem os ataques feitos a Kevin Costner ou para com a pouca "credibilidade" apresentada no filme, no entanto, que será o cinema além de nos emocionar e de nos dar longas batalhas e fazer-nos sonhar com as épocas para que nos transporta?
Para mim está um filme excepcionalmente bem conseguido e consegue ser dos melhores do género que vi até à data, pelo que o aconselho vivamente para aqueles que (shame on you!) ainda não o visionaram.
Falando de "fim", é impossível não referir o glorioso final que o filme tem com a participação especial de Sean Connery como Rei Ricardo. Ninguém melhor do que ele para dar corpo a um Rei.




9 / 10

(Pegando na piada que muitos já devem estar fartos de me ouvir dizer... Se alguém estiver interessado em escrever uma carta à Oprah Winfrey a explicar que o meu "wildest dream" é conhecer o Morgan Freeman por fazer não se travem... escrevam-lhe :P )

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