Robin Hood de Ridley Scott é o regresso do mítico herói desta vez interpretado por Russell Crowe e que tem um elenco de luxo a acompanhá-lo onde se destaca Cate Blanchett, Max von Sydow, William Hurt, Mark Strong e Oscar Isaac.
Robin Hood (Crowe) é aqui um arqueiro ao serviço do Rei nas cruzadas e que na sequência da sua morte em França, regressa a Inglaterra para estar de novo no seu país, e após algumas peripécias pelo caminho e a morte de Robert of Locksley, à qual ele assiste, faz uma promessa de devolver a sua espada, herança de família, ao pai de Locksley, Walter (von Sydow) e proteger Inglaterra de uma invasão francesa.
Robin Hood (Crowe) é aqui um arqueiro ao serviço do Rei nas cruzadas e que na sequência da sua morte em França, regressa a Inglaterra para estar de novo no seu país, e após algumas peripécias pelo caminho e a morte de Robert of Locksley, à qual ele assiste, faz uma promessa de devolver a sua espada, herança de família, ao pai de Locksley, Walter (von Sydow) e proteger Inglaterra de uma invasão francesa.
Historietas à parte, o que aqui temos é uma versão algo diferente daquilo que tradicionalmente conhecemos como sendo a história de Robin Hood.
Começa pelo próprio nome da personagem principal que, para mim, sempre havia sido Robin Locksley e aqui descubro que afinal o Locksley era outro. Continua com o facto de sempre, mas sempre mesmo, ter visto esta história com Marian (aqui Cate Blanchett) a ser a musa e amada de Robin mas que, nesta versão, aparece casada com outro. Depois os eternos amigos de Robin sempre foram "apresentados" como sendo fora-da-lei que este havia encontrado já na floresta aos quais se uniu na luta contra o temido Xerife de Nottingham, mas aqui são, tal como Robin, participantes nas cruzadas que agora tentam regressar ao seu país natal.
Confusão a mais para a minha cabeça numa história que, sendo simples, sempre cativou pela elegância, aventura ou acção com que foi filmada. Aqui, as sequências de acção são muitas e elas sim cativam a nossa atenção. No entanto, a história propriamente dita, aqui parece quase inexistente. Uma memória esquecida.
Russell Crowe e Cate Blanchett que são para mim excelentes actores e praticamente sempre consistentes nos trabalhos que fazem estão aqui quase como anulados. É um facto que estão lá e que são os actores principais do filme mas, no entanto, não têm o magnestismo que lhes é habitual e que nos consegue sempre cativar em qualquer um dos filmes que fazem. No caso de Crowe isto já vem sendo quase que uma "tendência", mas no caso de Blanchett ela sim surpreende. Encantadora como sempre mas... sem o poder interpretativo que lhe é reconhecido.
Um facto é impossível de negar... o lado técnico do filme é muito bom. Seja em termos das sequências de acção, do guarda-roupa da autoria de Janty Yates que não me surpreenderia de receber nova nomeação para o Oscar na respectiva categoria considerando que estão fielmente retratados à época e são sem dúvida um elemento muito rico em qualquer filme de época que se preze. Também a fotografia da autoria de John Mathieson retrata muito o espírito de uma Europa medieval, fechada e sombria que vivia sob a sombra das Cruzadas e da despovoação devido aos mesmas.
Como qualquer obra de Ridley Scott que se preze não estamos perante um mau filme mas, ao mesmo tempo, temos de ser sinceros e reconhecer que está longe do seu melhor. Está longe de um Gladiador, de uma Thelma & Louise, de um Cercados, de um 1492 ou de um Alien. Este Robin Hood não me convenceu enquanto espectador na sua glabalidade tendo conseguido apenas ser positivo em certos aspectos pontuais.
Ainda assim, e depois de tudo isto dito, não me espantaria que conseguisse ser nomeado em 2011 aos Oscars em categorias técnicas como Som e Efeitos Sonoros, Fotografia e Guarda-Roupa, não conseguindo, no entanto, chegar às categorias principais.
.Começa pelo próprio nome da personagem principal que, para mim, sempre havia sido Robin Locksley e aqui descubro que afinal o Locksley era outro. Continua com o facto de sempre, mas sempre mesmo, ter visto esta história com Marian (aqui Cate Blanchett) a ser a musa e amada de Robin mas que, nesta versão, aparece casada com outro. Depois os eternos amigos de Robin sempre foram "apresentados" como sendo fora-da-lei que este havia encontrado já na floresta aos quais se uniu na luta contra o temido Xerife de Nottingham, mas aqui são, tal como Robin, participantes nas cruzadas que agora tentam regressar ao seu país natal.
Confusão a mais para a minha cabeça numa história que, sendo simples, sempre cativou pela elegância, aventura ou acção com que foi filmada. Aqui, as sequências de acção são muitas e elas sim cativam a nossa atenção. No entanto, a história propriamente dita, aqui parece quase inexistente. Uma memória esquecida.
Russell Crowe e Cate Blanchett que são para mim excelentes actores e praticamente sempre consistentes nos trabalhos que fazem estão aqui quase como anulados. É um facto que estão lá e que são os actores principais do filme mas, no entanto, não têm o magnestismo que lhes é habitual e que nos consegue sempre cativar em qualquer um dos filmes que fazem. No caso de Crowe isto já vem sendo quase que uma "tendência", mas no caso de Blanchett ela sim surpreende. Encantadora como sempre mas... sem o poder interpretativo que lhe é reconhecido.
Um facto é impossível de negar... o lado técnico do filme é muito bom. Seja em termos das sequências de acção, do guarda-roupa da autoria de Janty Yates que não me surpreenderia de receber nova nomeação para o Oscar na respectiva categoria considerando que estão fielmente retratados à época e são sem dúvida um elemento muito rico em qualquer filme de época que se preze. Também a fotografia da autoria de John Mathieson retrata muito o espírito de uma Europa medieval, fechada e sombria que vivia sob a sombra das Cruzadas e da despovoação devido aos mesmas.
Como qualquer obra de Ridley Scott que se preze não estamos perante um mau filme mas, ao mesmo tempo, temos de ser sinceros e reconhecer que está longe do seu melhor. Está longe de um Gladiador, de uma Thelma & Louise, de um Cercados, de um 1492 ou de um Alien. Este Robin Hood não me convenceu enquanto espectador na sua glabalidade tendo conseguido apenas ser positivo em certos aspectos pontuais.
Ainda assim, e depois de tudo isto dito, não me espantaria que conseguisse ser nomeado em 2011 aos Oscars em categorias técnicas como Som e Efeitos Sonoros, Fotografia e Guarda-Roupa, não conseguindo, no entanto, chegar às categorias principais.
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7 / 10
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