quarta-feira, 17 de abril de 2013

18 (2012)

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18 de João Pereira é uma curta-metragem de ficção portuguesa que nos relata uma saída entre amigos para celebrar o aniversário de Raquel (Marta Sacramento).
É nesta saída à noite que os olhares entre Raquel e Alex (Rui Teixeira) se cruzam e que levam o interesse da jovem a manifestar-se, preferindo depois separar-se dos amigos e ir ao encontro do misterioso Alex que, a seu tempo, convida para ir até casa visto encontrar-se sózinha.
Alex leva uma arma e na solidão das quatro paredes algo de trágico poderá acontecer...
O argumento, que também fora escrito por João Pereira, tem alguns elementos promissores de uma interessante história de suspense que pode por si constituir uma simpática curta-metragem do género. A aproximação e inesperada empatia entre os dois jovens que origina uma potencialmente tensa relação despertam o nosso interesse não por ser algo original mas por parecer estar coerente e bem pensada independentemente de alguns manifestados clichés que surgem durante a mesma. A surpresa criada com a igualmente inesperada violência claustrofóbica que ocorre dentro do lugar onde menos esperamos, a "nossa" casa, faz com que surja algum incómodo e desconforto pois percebemos que a segurança que se poderia sentir no lugar mais seguro do mundo afinal fora abalada.
No entanto algo corre mal neste argumento quando percebemos que os constantes telefonemas de "Alex" recebe são afinal de "Miguel", um dos amigos que estava com "Raquel" na sua pequena festa de aniversário e aqui pensamos uma de duas coisas: a primeira, que se prende com o facto de aquela amizade com "Miguel" não ser assim tão verdadeira e afinal este quer vingar-se de um qualquer acto do passado (que desconhecemos) ou então, alguma festa surpresa está a ser preparada para a jovem, algo que não parece credível pos nesse caso... para quê uma arma verdadeira?!
Este pequeno grande detalhes a nível da coerência da história debilita-a um pouco não lhe dando todo o verdadeiro potencial que poderia ter alcançado quer como uma experiência estranha que terminava bem ou, por outro lado, como uma história onde o manifesto excesso de confiança para com um estranho tomou um rumo bem perigoso e que alteraria toda a vida de um indivíduo.
Interessante se considerar as intenções manifestadas com a história mas que perde bastante por alguma falta de coerência e desenvolvimento no argumento que permite ao espectador deambular pelos potenciais "what if?...".
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3 / 10
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