Foi pelo terceiro ano consecutivo que o Córtex - Festival de Curtas-Metragens de Sintra se realizou, e a segunda vez que a sua sede ocupou uma das salas do Centro Cultural Olga de Cadaval.
Dividido em três secções competitivas, sendo elas a Competição Nacional, a Competição Internacional e o Prémio do Público, a programação do festival teve alguns dos mais fortes trabalhos realizados no último ano entre os quais se podem destacar Sombras, de Nuno Dias, já premiado inclusivamente aqui no CinEuphoria, Kali, O Pequeno Vampiro, de Regina Pessoa que fez parte da selecção ao Oscar de Melhor Curta de Animação ou Rafa, de João Salaviza a vencedora do Urso de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Berlim no início do ano.
O Festival que contou ainda com a presença do realizador António Campos que exibiu algumas das suas curtas-metragens bem como esteve presente para uma Masterclass efectuada no terceiro dia, terminou hoje com uma interessante e merecida escolha do júri composto pelas actrizes Laura Soveral e Rita Blanco, pela realizadora Teresa Villaverde e pelo crítico Vasco Câmara, premiando na Competição Nacional a curta-metragem Noite, de Flávio Pires, que além de realizar também a interpreta, e na Competição Internacional a curta-metragem romena Blu, de Constantine Nicolae Tanase.
Finalmente o Prémio do Público foi atribuído à curta-metragem que durante a sua exibição conseguiu recolher não só os aplausos mais consistentes como também alguns momentos de riso e boa disposição, ou seja, a curta-metragem Nada Fazi de Filipa Reis e João Miller Guerra.
Resta-me deixar o comentário de mérito habitual aos eventos, como o Córtex, que divulgam o cinema nacional e que, mesmo por entre algum afastamento do público que insiste em não olhar o seu próprio cinema, ou por vezes as faltas de apoio que se fazem sentir no que a cultura diz respeito, continuam a conseguir reunir uma boa selecção de curtas-metragens com estilos e tendências diversas, que funcionam não só como o espelho de uma época e de uma sociedade, mas também uma vontade daquilo que ela poderá vir a ser.
Deixo assim os parabéns à organização, aos patrocinadores que arriscam (e bem) investir na cultura nacional, e os votos para que a quarta edição chegue rapidamente.
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