A Cor dos Dias de Carlos Dante é um dos telefilmes que a TVI produziu para o segmento Casos da Vida, e que conta com a participação de alguns actores portugueses bem conhecidos.
Mónica (Lúcia Moniz) e João (José Fidalgo) celebram o seu segundo aniversário de namoro naquela que é uma relação perfeita e preparada para avançar. No mesmo dia, João recebe um telefonema do médico onde este lhe revela que sofre de uma rara doença que no espaço de dias o irá deixar cego. Mónica também tem as novidades... está grávida de João e sente-se feliz.
Enquanto esta relação perfeita segue em frente, os pais de Mónica, Vítória (Alexandra Leite) e Manuel (Igor Sampaio) separam-se. Vitória inicia uma relação com Jorge (Filipe Vargas) por quem Joana (Mafalda Pinto) a filha de Vitória, se apaixona.
Irão estas relações sobreviver depois de se colocarem tantos entraves e provações pela frente? Conseguirão ultrapassar as dificuldades e elas próprias encontram o seu próprio rumo, ou tudo o que é bom tem, realmente, de terminar?
Digo sobre este o que já disse sobre outros telefilmes da TVI... a quantidade de pontas que se desenvolvem no argumento, da autoria de Cristina Silva, é tanta que em diversas ocasiões damos por nós a pensar qual delas deveremos seguir e prestar mais atenção. Isto não deve suceder num filme. Todos os momentos e situações devem ser devidamente desenvolvidos para nós sabermos quem está onde e quando e não nos perdermos em pequenos detalhes que podem distrair-nos do essencial.
No entanto, e felizmente, aqui nem tudo é assim tão mau como noutros telefilmes deste segmento. Tanto as interpretações dos actores, com especial destaque para José Fidalgo que se destaca cada vez mais com um nome a reter para o futuro, como o de Lúcia Moniz, confirmam ser capazes de manter um telefilme de pés no chão e dotá-lo de uma sensabilidade invulgar para o género, e em particular para este segmento de filmes, e à excepção da já referida dispersão do argumento por vários assuntos soltos, este telefilme resulta até francamente bem e consegue, pela positiva, agarrar-nos ao ecrã.
Interessante, sensível, bem disposto e com uma história de amor que vence todas as barreiras como seu suporte este sim, é um telefilme produzido pela TVI que vale a pena ver.
.7 / 10
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