O Renascer dos Mortos de Zack Snyder é o remake da longa-metragem zombie de George Romero de 1978 onde após uma devastação planetária às mãos dos mortos que regressaram inexplicavelmente à vida, um conjunto de sobreviventes reune-se num centro comercial como sua última esperança de sobreviver aos terríveis e trágicos acontecimentos.
Uma enfermeira, um polícia, um vendedor e um jovem casal estão entre estes sobreviventes e todos eles, à sua maneira, tentam perceber o que se passou numa madrugada para ter modificado radicalmente o mundo que todos conheciam e que agora mais não é do que uma recordação, ao mesmo tempo que tentam barricar-se e pensar numa forma de irem para algum local onde poderão usufruir de maior segurança.
Como mesmo estando mal é possível ficar pior, os problemas e as dificuldades rapidamente surgem, especialmente quando eles encontram naquele centro comercial formas de voltar à sua rotina pré-apocalipse, resolvendo finalmente sair dali rumo a outras paragens.
Para um filme desta temática muito particular, é refrescante ver o conjunto de actores conhecidos que aderiu à "causa"... Sarah Polley, Ving Rhames, Jake Weber ou Mekhi Phifer são apenas alguns desses rostos. E igualmente interessante é verificarmos que mesmo para este género específico as suas interpretações conseguem não só ser repletas de emoção e acção mas, ao mesmo tempo, granjearem-nos com algum dramatismo e mágoa como reflexo dos dias de maior segurança e estabilidade que agora já não voltariam a ter. Os medos, as ansiedades e as recordações do que perderam e especialmente daqueles que já não voltarão a ver, conseguem ser dramaticamente inseridos nas suas interpretações que ganham assim alguma maior vitalidade e profundidade pouco típicas do género que está normalmente mais concentrado em criar a maior quantidade de sangue possível no mais curto espaço de tempo.
E este sangue existe... e muito, sempre acompanhado de magníficas caracterizações que realmente impressionam, de mortos-vivos que fogem ao tradicional e movimentam-se bem rapidamente para caçar o próximo naco de carne, que é como quem diz alguém que ainda respire, e também aquele que é, pelo menos que me lembre, o primeiro nascimento de um morto-vivo (passo a redundância), tudo isto ao ritmo de tentativas de racionalização dos actos destas personagens que, na sua maioria, chegam rapidamente aos comportamentos mais animalescos do ser humano que em circunstâncias ditas "normais" todos tentariam esconder e reprimir.
De todas as dezenas de filmes que já vi sobre esta temática, este consegue ser um dos poucos que impressiona pela sua qualidade e, não direi originalidade mas, competência com que é feito. Aqui sente-se que as personagens estão trabalhadas e é-lhes dada alguma personalidade que não se limita a ser de gritarem quando têm o primeiro susto. Todos eles representam algo da "antiga" sociedade agora em ruínas, tanto a nível social como humano, algo que falha na maior parte destes filmes sobre os mortos que regressam à vida. Todos eles caem, e mesmo aqueles que representam o melhor de todos nós sucumbem às investidas que surgem de todos os lados deixando-nos a pensar que nem o mais justo ou mais integro conseguirá sobreviver.
Intenso, forte e com o gore suficiente para nos deixar sempre num elevado estado de tensão este é, declaradamente, um dos melhores filmes do género dos últimos tempos. E isto mais positivo se torna se pensarmos que não passa (e não digo isto depreciativamente) de um remake de uma obra do grande mestre Romero.
.Uma enfermeira, um polícia, um vendedor e um jovem casal estão entre estes sobreviventes e todos eles, à sua maneira, tentam perceber o que se passou numa madrugada para ter modificado radicalmente o mundo que todos conheciam e que agora mais não é do que uma recordação, ao mesmo tempo que tentam barricar-se e pensar numa forma de irem para algum local onde poderão usufruir de maior segurança.
Como mesmo estando mal é possível ficar pior, os problemas e as dificuldades rapidamente surgem, especialmente quando eles encontram naquele centro comercial formas de voltar à sua rotina pré-apocalipse, resolvendo finalmente sair dali rumo a outras paragens.
Para um filme desta temática muito particular, é refrescante ver o conjunto de actores conhecidos que aderiu à "causa"... Sarah Polley, Ving Rhames, Jake Weber ou Mekhi Phifer são apenas alguns desses rostos. E igualmente interessante é verificarmos que mesmo para este género específico as suas interpretações conseguem não só ser repletas de emoção e acção mas, ao mesmo tempo, granjearem-nos com algum dramatismo e mágoa como reflexo dos dias de maior segurança e estabilidade que agora já não voltariam a ter. Os medos, as ansiedades e as recordações do que perderam e especialmente daqueles que já não voltarão a ver, conseguem ser dramaticamente inseridos nas suas interpretações que ganham assim alguma maior vitalidade e profundidade pouco típicas do género que está normalmente mais concentrado em criar a maior quantidade de sangue possível no mais curto espaço de tempo.
E este sangue existe... e muito, sempre acompanhado de magníficas caracterizações que realmente impressionam, de mortos-vivos que fogem ao tradicional e movimentam-se bem rapidamente para caçar o próximo naco de carne, que é como quem diz alguém que ainda respire, e também aquele que é, pelo menos que me lembre, o primeiro nascimento de um morto-vivo (passo a redundância), tudo isto ao ritmo de tentativas de racionalização dos actos destas personagens que, na sua maioria, chegam rapidamente aos comportamentos mais animalescos do ser humano que em circunstâncias ditas "normais" todos tentariam esconder e reprimir.
De todas as dezenas de filmes que já vi sobre esta temática, este consegue ser um dos poucos que impressiona pela sua qualidade e, não direi originalidade mas, competência com que é feito. Aqui sente-se que as personagens estão trabalhadas e é-lhes dada alguma personalidade que não se limita a ser de gritarem quando têm o primeiro susto. Todos eles representam algo da "antiga" sociedade agora em ruínas, tanto a nível social como humano, algo que falha na maior parte destes filmes sobre os mortos que regressam à vida. Todos eles caem, e mesmo aqueles que representam o melhor de todos nós sucumbem às investidas que surgem de todos os lados deixando-nos a pensar que nem o mais justo ou mais integro conseguirá sobreviver.
Intenso, forte e com o gore suficiente para nos deixar sempre num elevado estado de tensão este é, declaradamente, um dos melhores filmes do género dos últimos tempos. E isto mais positivo se torna se pensarmos que não passa (e não digo isto depreciativamente) de um remake de uma obra do grande mestre Romero.
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