Até Quando de Jorge Cramez é uma das dez curta-metragens em concurso na edição deste ano do MOTELx e uma agradável surpresa para o género.
Uma casa vazia... sangue derramado pelo chão e alguém que o limpa. Do início ao fim temos apenas um rapaz (Jorge Subtil) que percorre a casa a chamar pelos restantes membros da família que não se escutam. Ao fundo apenas o som de uma televisão.
Poderíamos facilmente associar o argumento desta curta-metragem, tal como ela nos é descrita, como o reflexo de uma crise latente por toda a sociedade. O despojamento dos bens próprios, a crise e a falta de possibilidades não deixam de reflectir acima de tudo um ambiente mórbito, quase de assassinato do "eu".
Mas não um assassinato qualquer. Ele é controlado, pensado e muito astuto. Limpo, sem presença de provas e que consegue assim estar numa constante busca pela próxima vítima. Mas com sangue... com muito sangue...
Bastante tensa e com uma interessante interpretação de Jorge Subtil, o único defeito (se assim lhe puder chamar) da mesma é a sua captação de som que não me parece a mais perfeita, mas se nos concentrarmos em toda a sua história e desconcertante dinâmica temos aqui uma (mais uma) boa curta-metragem portuguesa.
.Uma casa vazia... sangue derramado pelo chão e alguém que o limpa. Do início ao fim temos apenas um rapaz (Jorge Subtil) que percorre a casa a chamar pelos restantes membros da família que não se escutam. Ao fundo apenas o som de uma televisão.
Poderíamos facilmente associar o argumento desta curta-metragem, tal como ela nos é descrita, como o reflexo de uma crise latente por toda a sociedade. O despojamento dos bens próprios, a crise e a falta de possibilidades não deixam de reflectir acima de tudo um ambiente mórbito, quase de assassinato do "eu".
Mas não um assassinato qualquer. Ele é controlado, pensado e muito astuto. Limpo, sem presença de provas e que consegue assim estar numa constante busca pela próxima vítima. Mas com sangue... com muito sangue...
Bastante tensa e com uma interessante interpretação de Jorge Subtil, o único defeito (se assim lhe puder chamar) da mesma é a sua captação de som que não me parece a mais perfeita, mas se nos concentrarmos em toda a sua história e desconcertante dinâmica temos aqui uma (mais uma) boa curta-metragem portuguesa.
7 / 10
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