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The Return de Ryan Stopera (EUA) é mais uma das curtas-metragens do Trapped Film Festival que, numa abordagem futurista, tenta retratar uma sociedade onde a música é marginalizada e proibida. Com toques de ficção científica, algum kung fu e muito hip hop, o espectador é levado numa viagem extra-sensorial onde tudo é escutado e perseguido.
Stopera tenta com este The Return levar o espectador a uma eterna e velha questão - pelo menos para uma sociedade que se assume ultra-conservadora como a dos Estados Unidos - sobre os limites (ou falta dos mesmos) daquilo que é socialmente aceite enquanto modelo cultural para uma comunidade que não tenta ultrapassar fronteiras e viver ordenadamente num ritmo imposto e muito ocasionalmente questionado.
Num futuro já não tão distante quanto o que poderíamos pensar, somos levados até aos finais de 2040 onde artistas revolucionários tentam combater as grandes corporações que definem o "novo normal". Uma sociedade onde a independência do espírito é questionada e os livres (assim se assumem) são perseguidos sem perdão por indivíduos (ou entidades) sem rosto que os tentam silenciar e definir o que é a arte... as suas fronteiras e limites... os seus pressupostos... e sobretudo o que pode ser feito subvertendo em absoluto a realidade e a premissa principal da criatividade.
Pertinente e quanto baste interessante sob a perspectiva dos limites que a sociedade a cada momento em que diferentes regimes se instalam, instaura ou influência a arte sob a suas mais diversas formas impondo-lhe regras, "boas maneiras", formas de se fazer representar que são "socialmente aceites" ou até mesmo as já mencionadas fronteiras e limites, The Return deixa, no entanto, um imaginário muito fora do esperado quando se deixa levar por uma qualquer fantasia distópica que parece querer viver do enfeite e não da arte em si. Se a liberdade criativa em directo paralelo com o argumento desta curta-metragem, é potencializado para a transformar numa obra artística diferente do esperado, a realidade é que a sua execução se perde na "forma" deixando o espectador num inesperado impasse incerto sobre a mensagem que Stopera tenta transmitir o mesmo se aquela que "passou" corresponde a uma qualquer realidade e não apenas à fantasia sobre o que pode ser, na realidade, a arte enquanto uma obra formal. Que toca numa ferida... toca... se a mesma se mantém aberta ou se se limita apenas a ser apenas algo provocatório sem deixar obter respostas... é uma questão que cada um de nós individualmente terá de compreender a resposta que (a si lhe...) é possível.
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