sábado, 30 de junho de 2018

Yellow Case (2012)

Yellow Case de theKGB65 - assim identificado no seu canal no Youtube - (EUA) é uma extremamente fragilizada curta-metragem que se apresenta no domínio do género pós-apocalipse mas que revela todos os pequenos vícios de alguém que sim... pode ser um fã do mesmo mas que parece apenas preocupado em revelar pequenos momentos da vida de um sobrevivente centrado na captura de armamento e não do seu anonimato num mundo que desconhece (o espectador) sobre até que ponto poderá ser seguro.
Entre comer o que lhe sobra e procurar absolutamente nada numa existência onde a arma e a única munição que lhe resta são mais importantes do que o ambiente ao seu redor, um homem - que se presume e sabe ser o próprio realizador pela evidência do seu pontual e pouco oportuno posicionamento de câmara -, encontra junto a um lago uma mala amarela que o deixa curioso. Sem vida em seu redor e num espaço que poderá (nunca saberemos) estar desertificado de vida humana, o surgimento desta mala parecem ser o culminar de um conjunto de dias - meses...anos?! - de inactividade. A curiosidade do recheio dessa mala - que não revelarei para que o interesse do espectador se mantenha -, preenche o restante momento desta breve e relativamente opaca curta-metragem onde pouco (se é que algo) acontece.
Com uma captação de som que se mantém deficitária desde o primeiro instante e o recorrer aos lugares comuns (literalmente) de um filme do género, Yellow Case não é capaz de ser dinâmica ao ponto do protagonista e único actor ter de explicar a pouca acção que caracteriza todo o seu desempenho. É quando chega a felicidade pela posse de uma arma - momento que parece fazer completar o seu dia - que o espectador compreende que esta curta-metragem mais não foi do que um exercício de câmara e um inesperado elogio ao armamento (podem não existir mantimentos mas sim a protecção de ouvido para fazer esbater o som de um disparo) que garante a sobrevivência num espaço onde nada, absolutamente nada, acontece e onde o perigo já não reside - se é que alguma vez lá esteve presente - e assume que esta curta-metragem foi um exercício sim... mas tão negligente como aquelas personagens que se deixam morrer quanto o perigo é mais do que óbvio.
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