Alien: Ore de Kailey Spear e Sam Spear (Canadá) faz parte de um conjunto de curtas-metragens dirigidas no âmbito do quadragésimo aniversário da longa-metragem Alien (1979), de Ridley Scott e que aqui nos transporta uma vez mais para o imaginário que encontrámos nas primeiras entregas desta saga.
Lorraine (Mikela Jay) anseia por uma vida melhor para a sua família. Quando no início do seu turno nas minas é encontrado o corpo de um colega, ela vê-se forçada a optar por fugir de um inimigo desconhecido ou ficar naquele lugar garantindo, dessa forma, a segurança da sua família.
São breves os instantes desta curta-metragem, que ultrapassa em muito pouco os dez minutos de duração, mas que, no entanto, consegue captar nos mesmos toda a dinâmica de claustro e de medo que foram conferidos há quarenta anos a esta saga. Temos, como tem sido recorrente desde Aliens (1986), de James Cameron, a dinâmica familiar onde valores mais altos que o da segurança própria se impõem para a defesa da continuidade da espécie (humana) que a tudo se sujeita para que o já nosso conhecido alien não ultrapasse as fronteiras que os protagonistas se colocam como aquelas que são intransponíveis. Aqui é a protagonista interpretada por uma destemida Mikela Jay secundada pelos seus parceiros da mina que se impõe como a última barreira entre o alien e as suas famílias que esperam "lá em cima" fora de uma mina e num espaço habitacional bem mais simpático. Ao recusar seguir caminho para uma atmosfera mais respirável e ir ao encontro da sua família por quem, na prática, luta por uma vida melhor, a sua "Lorraine" opta por enfrentar o perigo e tentar barrar-lhe o caminho permitindo que a sua prole sobreviva pelo menos mais um dia.
Juntamente a esta dinâmica familiar que acabamos por encontrar em várias das obras da saga bem como nas suas "irmãs" tidas como menos populares a cargo da dupla Alien vs. Predator (2004 e 2007 respectivamente), é aqui também de notar a vertente da empresa tutelar das malfadadas minas que tem a sua própria agenda para os intrigantes alien - a indústria de armamento sempre à espreita -, reforçando a ideia de que sim, os bónus existem, mas apenas e só se os seus funcionários estiverem dispostos a olhar para o outro lado no que diz respeito a tão perigoso e ainda "anónimo" assassino que espreita na escuridão... já dizia em 1986 a "Tenente Ripley" interpretada pela tão desejada Sigourney Weaver "You don't see them fucking each other over a goddamn percentage"... já a espécie humana...
Inteligente e muito bem recreada está a típica atmosfera pretendida para esta saga... ambientes fechados que recriam o sentimento de claustro primeiro com o elevador sobrelotado e finalmente através dos cenários fechados subterrâneos das minas onde todos tentam ganhar pela sua sobrevivência mas dos quais a certo ponto se compreende que ninguém irá abandonar... pelo menos não vivo, e que são enriquecidos por uma direcção de fotografia de Graham Talbot e Nelson Talbot que os transforma para lá de espaços pequenos onde todos se sentem presos em locais que parecem já de si ter poucos corredores e caminhos que lhes permitam a fuga.
Finalmente, mas não menos importante, é de destacar também como estes filmes que com mais ou menos orçamento surgem com uma execução bem delineada e pensada e sempre com a presença dos nossos já "estimados" aliens que surgem vindos do nada... escondidos na escuridão que a direcção de fotografia permite dando crédito à já debatida ideia de que mete mais medo o perigo que não se vê pela sugestão do que pode vir do que propriamente aquele que estando à nossa frente pode criar hipóteses de defesa que julgamos não ter. Num jogo de gato e do rato tão típico nestas obras, é aquele que foge, mais do que aquele que caça, que tem de pensar mais além das suas próprias possibilidades bastando apenas a este último esperar pelo primeiro momento de distração para fazer vingar o seu golpe fatal.
Lorraine (Mikela Jay) anseia por uma vida melhor para a sua família. Quando no início do seu turno nas minas é encontrado o corpo de um colega, ela vê-se forçada a optar por fugir de um inimigo desconhecido ou ficar naquele lugar garantindo, dessa forma, a segurança da sua família.
São breves os instantes desta curta-metragem, que ultrapassa em muito pouco os dez minutos de duração, mas que, no entanto, consegue captar nos mesmos toda a dinâmica de claustro e de medo que foram conferidos há quarenta anos a esta saga. Temos, como tem sido recorrente desde Aliens (1986), de James Cameron, a dinâmica familiar onde valores mais altos que o da segurança própria se impõem para a defesa da continuidade da espécie (humana) que a tudo se sujeita para que o já nosso conhecido alien não ultrapasse as fronteiras que os protagonistas se colocam como aquelas que são intransponíveis. Aqui é a protagonista interpretada por uma destemida Mikela Jay secundada pelos seus parceiros da mina que se impõe como a última barreira entre o alien e as suas famílias que esperam "lá em cima" fora de uma mina e num espaço habitacional bem mais simpático. Ao recusar seguir caminho para uma atmosfera mais respirável e ir ao encontro da sua família por quem, na prática, luta por uma vida melhor, a sua "Lorraine" opta por enfrentar o perigo e tentar barrar-lhe o caminho permitindo que a sua prole sobreviva pelo menos mais um dia.
Juntamente a esta dinâmica familiar que acabamos por encontrar em várias das obras da saga bem como nas suas "irmãs" tidas como menos populares a cargo da dupla Alien vs. Predator (2004 e 2007 respectivamente), é aqui também de notar a vertente da empresa tutelar das malfadadas minas que tem a sua própria agenda para os intrigantes alien - a indústria de armamento sempre à espreita -, reforçando a ideia de que sim, os bónus existem, mas apenas e só se os seus funcionários estiverem dispostos a olhar para o outro lado no que diz respeito a tão perigoso e ainda "anónimo" assassino que espreita na escuridão... já dizia em 1986 a "Tenente Ripley" interpretada pela tão desejada Sigourney Weaver "You don't see them fucking each other over a goddamn percentage"... já a espécie humana...
Inteligente e muito bem recreada está a típica atmosfera pretendida para esta saga... ambientes fechados que recriam o sentimento de claustro primeiro com o elevador sobrelotado e finalmente através dos cenários fechados subterrâneos das minas onde todos tentam ganhar pela sua sobrevivência mas dos quais a certo ponto se compreende que ninguém irá abandonar... pelo menos não vivo, e que são enriquecidos por uma direcção de fotografia de Graham Talbot e Nelson Talbot que os transforma para lá de espaços pequenos onde todos se sentem presos em locais que parecem já de si ter poucos corredores e caminhos que lhes permitam a fuga.
Finalmente, mas não menos importante, é de destacar também como estes filmes que com mais ou menos orçamento surgem com uma execução bem delineada e pensada e sempre com a presença dos nossos já "estimados" aliens que surgem vindos do nada... escondidos na escuridão que a direcção de fotografia permite dando crédito à já debatida ideia de que mete mais medo o perigo que não se vê pela sugestão do que pode vir do que propriamente aquele que estando à nossa frente pode criar hipóteses de defesa que julgamos não ter. Num jogo de gato e do rato tão típico nestas obras, é aquele que foge, mais do que aquele que caça, que tem de pensar mais além das suas próprias possibilidades bastando apenas a este último esperar pelo primeiro momento de distração para fazer vingar o seu golpe fatal.
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