quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Hanako-San (2014)

Hanako-San de Dan Tabor (EUA) é uma das curtas-metragens exibidas no decurso da décima edição do Buried Alive Film Festival a decorrer em Atlanta, e uma das que conjuga ficção e animação com uma já clássica lenda urbana japonesa.
Hanako-San é o espírito de uma jovem japonesa falecida durante a Segunda Guerra Mundial que vagueia por casas de banho de colégios à espera de ser invocada. O destino das suas acções corresponde, no entanto, ao âmago daqueles que a invocam...
Com uma duração que pouco excede os quatro minutos de duração, esta curta-metragem divide-se no seu primeiro segmento com toda uma explicação - primeiro redigida e depois pelo poder da imagem - sobre aquilo que é, no fundo, a explicação deste "fenómeno". Se os primeiros segundos se prendem com a explicação per si, o espectador é seguidamente surpreendido com uma invocação que, ao mesmo tempo, apresenta um conjunto de momentos ou sentimentos sentidos por uma jovem rapariga. Da tristeza sentida pelo bullying do qual é vítima à eternidade representada pela morte sem esquecer o desejo do pai que é completada por uma mãe que a culpa do mesmo terminado, logo de seguida com uma redenção através do final mais ou menos esperado, Hanako-San atinge o seu esplendor não por toda esta rápida mas precisa explicação mas sim pelo segmento final em animação - teria sido uma muito maior e clara vencedora se o realizador tivesse apostado no mesmo como um todo - onde se conhece a real dimensão e "obra" deste espírito que aguarda nas sombras.
Quase sempre incapaz de corresponder a uma inovação da forma como o invocador o pretende, ou tão pouco com o destino final que espera de "algo" a quem recorre como a sua última esperança (para uma vida melhor?!), esta curta-metragem entrega um final suficientemente gráfico que poderia ter dela feito uma referência no género do suspense e terror, limitando-se, no entanto, a uma experiência pouco conclusiva no seu segmento ficcionado e em todo um portento nesta brevíssima animação que revela que nem tudo o que se deseja é, afinal, tão libertador como se pensa... ou pelo menos não da forma como seria esperado.
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5 / 10
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