Genova de Michael Winterbottom é um pequeno filme sobre a perda, a dor, a mágoa e a culpabilização. Até aqui perfeito. Bom realizador e o enredo para ser um excelente filme. No entanto, passados os primeiros dez minutos de filme tudo o resto começa a ser enfadonho de morte. Porquê? Passo a explicar...
As duas filhas e a mãe vão no carro com os jogos e brincadeiras de queme stá a fazer uma viagem até que devido a uma dessa brincadeiras há um acidente. A mãe morre e a filha mais nova sente-se culpada pelo ocorrido. Com isto o pai (Colin Firth), respeitado professor, decide levar as filhas para Génova e lá se estabelecer com as filhas durante pelo menos um ano. A partir daqui começa a desgraça onde temos cerca de hora e meia de filme a ver que a filha mais nova está com meio pé metido dentro do manicómio e a mais velha que decide dar rumo à sua vida sexual e um pai que se lembra de começar a fazer o mesmo com uma das alunas como forma de reprimir o desejo que uma sua antiga colega sente por ele.
Pelo meio de tudo isto temos o deambular pelas ruas da cidade italiana imundas e infestadas de chulos e prostitutas mas por onde, curiosamente, as irmãs passam e nada, absolutamente nada lhes acontece. Eis Génova!
Temos um filme fraco... para mim até do mais fraco que o realizador nos apresentou nos últimos anos e que, muito honestamente, mais valia ter estado quieto do que fazer algo que acaba por se perder no meio de tanta tentativa de mostrar a forma como cada um vive a sua "dor" (se é que depois disto tudo ainda sentem alguma).
Dispensável ou apenas para aqueles que não são capazes de viver sem a obra do realizador em questão. Eu por mim confesso... se houver mais disto... passo bem sem ela.
(pela decadência das ruas genovesas) <-- 3 / 10
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