Repo! A Ópera Genética de Darren Lynn Bousman é daqueles filmes que por tão mal falarem dele só despertou a curiosidade em saber do que afinal falavam.
Num futuro algo medonho (será seguro dizê-lo) o comércio de orgãos é uma prática dita "normal" e onde, pago a bom preço, é possível fazer um qualquer transplante para poder sobreviver.
A empresa impulsionadora desta prática GeneCo., não se inibe de patrocinar todo o tipo de transplantes desde que aqueles que recorrem aos seus serviços se comprometam a pagá-los ou então... a mercadoria transplantada será retirada por aquele que dá nome ao filme, e que ninguém sabe quem é... Repo!
O filme, que por si só já tem um argumento algo bizarro e que por isso mesmo o ser "de terror" já é algo perfeitamente discutível, consegue ainda tornar-se pior quando deparamos com um filme de terror que é acima disso... um musical...
Se este pequeno "je ne sais quoi" já é muito duvidoso no Sweeney Todd aqui não só é duvidoso como se torna acima disso perfeitamente idiótico e absurdo ao ponto de me fazer levar as mãos à cabeça e gritar (quase...).
Assim sendo assistimos a algo que se intitula de terror mas ao estilo Broadway onde mais parece que só falta começarem a gesticular movimentos de dança ao mesmo tempo em que se assiste a esquartejamentos públicos e intestinos a voarem por tudo quanto é lado. Decididamente, para aqueles que ainda não perceberam, um filme de terror que é cantado do início ao fim não resulta ou sequer convence seja quem fôr. Logo, a sua credibilidade fica à partida pelas ruas da amargura.
Os actores são pobres. Aliás... francamente pobres. Especialmente se considerarmos que entre eles está Paris Hilton que neste filme venceu o Razzie de Pior Actriz Secundária do Ano (se é que se pode considerar como actriz esta fraca participação que ela tem).
Algo abonatório em favor deste péssimo e pobre exemplo de filme é de facto o lado artístico e visual do mesmo que em termos de fotografia e de guarda-roupa até consegue ser inovador e "rico" não conseguindo isso ser o suficiente para salvar o que quer que fosse de algo que é na sua generalidade pobre. Muito pobre.
Dito isto, e considerando que não há muito mais a dizer de algo que é um completo desastre, só serve mesmo para aqueles que, como eu, foram levados ao engano pela curiosidade a respeito de algo que nem sequer a deveria despertar.
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