segunda-feira, 13 de julho de 2009

La Môme (2007)

La Môme ou La Vie en Rose como ficou mais conhecido por cá é um magnífico filme de produção maioritariamente francesa realizado por Olivier Dahan. A história ? A vida da GRANDE Edith Piaf... La Môme... a Miúda...
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Sendo um filme francês tem logo à partida duas possibilidades. Ou é um estrondo de filme ao qual toda a gente se rende ou então é uma pasmaceira pegada e ninguém se aguenta. Felizmente este é a primeira hipótese... Simplesmente magnífico.
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Como disse logo à partida este é um filme sobre a vida de Piaf. Mostra-nos tudo desde o início decadente à vida de glória e à sua morte precoce. Mas o filme é muito mais do que isso. Muito. Aqui ficamos a conhecer a dimensão humana de um mito da música mundial e que grande que ela era. Ao ver o filme é possível comparar a sua existência à de outro mito... Amália. Constatamos que estes vultos maiores da cultura mundial vivem (viveram) sempre na esperança de encontrar apenas uma coisa. O amor. Alguém que as amasse. Que estivesse com elas. Que lhes serviço do seu amparo. Do seu ombro. Que lhes desse atenção, carinho e amizade acma de tudo o mais. Por amor viviam e por ele respiravam.

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O filme é repleto de músicas de Piaf, magistralmente inseridas em cada momento da sua vida. Os mais importantes (que são todos) de modo a criar um perfeito ambiente que mostra o sentimento e a força dela, bem como as fraquezas que a acompanharam durante toda a vida.
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Não sei se houve grande problema de casting para escolher a actriz que viria a encarnar Edith Piaf, no entanto aquilo que sei é que dificilmente se iria encontrar alguém melhor do que a actriz escolhida.. A grande Marion Cotillard.

A actriz foi perfeita para o papel... Ela vive e respira de tal forma a cantora que encarna e nos transmite a sua visão na perfeição. O seu olhar.. a sua voz e especialmente a sua enorme garra. Ganhasse ou não prémios este será na minha opinião o papel pelo qual irá para sempre ser recordada tal é a sua intensidade. E é justo. Justos também foram os prémios que arrecadou com este papel nomeadamente o Oscar, o Cesar, o Bafta e um Globo de Ouro de Melhor Actriz em Comédia/Musical (sendo que o filme não é um... nem outro). Mas ganhou! Tal como disse Alain Delon quando anunciou a vencedora do Cesar de Melhor Actriz... Um bravo para a Môme Marion!
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Todo o resto do elenco está cuidadosamente bem inserido nos papéis para que haviam sido escolhidos. Sem falhas. Não deixo no entanto de destacar o de Sylvie Testud, o de Gérard Depardieu, e especialmente o de Caroline Sihol no papel da actriz Marlene Dietrich naquele que é para mim um dos momentos mais intensos do filme quando ambas se encontram em Nova York. De ver com atenção este momento (confesso que o revi algumas seis ou sete vezes) e assim irão perceber toda a carga dramática e veracidade das palavras proferidas. Um momento eterno.

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Finalmente há ainda que destacar todo o trabalho de imagem de Tetsuo Nagata que brilhantemente transpõe para o ecrã os momentos de maior intensidade e vida através de uma luz quase alva contropondo-os com os momentos mais frágeis e decadentes onde quase toda a luminosidade desaparece como se se extinguisse de vez a vida de Piaf.
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Para aqueles que possam estar interessados em ver algo mais sobre o filme, está sempre possível a visualização do documentário Mon Clown aqui, pois já havia sido colocado no blog.
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Mesmo para os que acham que não conseguem ver um filme francês... tentem este... vão ver que conseguem e que vão gostar bastante do que vão ver. É um filme essencial.








"American journalist: If you were to give advice to a woman, what would it be?






Edith Piaf: Love.






American journalist: To a young girl?






Edith Piaf: Love.






American journalist: To a child?






Edith Piaf: Love."






(pelo filme em geral e mais outros tantos pela enorme Marion Cotillard) --> 10 / 10

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