domingo, 19 de julho de 2009

Le Scaphandre et le papillon (2007)

O Escafândro e a Borboleta realizado por Julian Schnabel tendo por base a obra com o mesmo nome é um emocionante e reflectivo filme de origem francesa que tem como principal actor Mathieu Amalric.
Como passou despercebido por Portugal pois só o vi pela primeira vez já à venda pelo circuito de dvd, duvido que muitos o tenham visto, como tal vou tentar ser o mais sucinto possível no que diz respeito à história do filme.
Ele trata sobre a vida final (com muitos flashbacks) de Jean-Dominique Bauby, editor da revista Elle francesa que ficou com o corpo paralisado após um acidente vascular. Todo excepto a mente e um olho, através do qual conseguiu comunicar com o mundo "escrevendo" letra a letra os seus pensamentos e sonhos. E mais não digo.
Os flashbacks e os pensamentos que nos são revelados no filme são puras mensagens de esperança. Em nós, no futuro e nos outros. Nos sonhos. As interpretações são excelentes destacando claro está a de Mathieu Amalric no papel de Bauby acompanhado de um excelente leque de secundários como Max Von Sydow, Emmanuelle Seigner e Marie-Josée Croze.
O argumento, com base na obra, está muito bom. Extremamente fiel e consistente, retrata ao detalhe as ideias que Bauby quis transmitir antes da morte. Os seus sonhos... Esses são para aqueles que virem o filme.
A enriquecer o filme está uma extraordinária banda sonora composta por Paul Cantelon que não só emociona como dá esperança. E genuinamente bela e faz com que muitos momentos do filme pareçam belíssimos quadros em movimento. Inspiradora.
Uma pena que este filme não tenha tido mais nomeações aos Oscar... e das que teve que não as tenha ganho. Não o tornaria um melhor filme por isso, pois MUITO BOM já ele é, mas seria uma boa recompensa para os profissionais que o elaboraram.
Só o trailer já vale a pena para aguçar o apetite dos mais curiosos. Não esperem ver um Mar Adentro... Mas não é por isso que lhe fica atrás.


"Jean-Dominique Bauby: I decided to stop pitying myself. Other than my eye, two things aren't paralyzed, my imagination and my memory."



"Jean-Dominique Bauby: My diving bell has dragged you down to the bottom of the sea, with me."

10 / 10

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