sexta-feira, 17 de julho de 2009

Perfume: The Story of a Murderer (2006)

Tom Tykwer realizou este O Perfume: História de um Assassino em 2006 que retrata a vida de Jean-Baptiste Grenouille, um indivíduo capaz de detectar todos os odores existentes.

Confesso aqui que este filme despertou-me o interesse pois a "zumzum" que circulava sobre o livro era impressionante... "Pelas descrições do livro sentia os odores que me queriam transmitir" era a frase que ouvia por excelência. Quem me conhece sabe que duvido de grandes alaridos a respeito dos filmes pois regra geral são para desiludir.

Vejo o filme... Depois de uns minutos iniciais promissores eis que surge a cidade de Paris no século XVIII. A imundice... a sujidade e a podridão... Realmente os odores eram transmitidos.

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O filme prometia.
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O espectáculo visual que nos é transmitido quer pelos cores quer pelos cenários naturais, e especialmente as imagens que nos são transmitidas através dos sentidos que o olfacto de Grenouille nos transmite são de facto avassaladores.


Os sentidos são de facto determinantes para o sucesso deste filme pois é deles que reside muito da sua história. Aqui existe uma dualidade. Este filme é para nós espectadores visualmente rico na medida em que o trabalho de imagem efectuado nos leva para cenários extremamente ricos que nos fazem perder o olhar. Igualmente rica é a descrição que nos é feita dos poderes de olfacto de Grenouille que não só nos querem dar a conhecer os cheiros que são por ele sentidos como também aquilo que imaginamos quando os sentimos de facto. O filme sai aqui um franco vencedor.

A banda sonora é também um importante e enriquecedor elemento deste filme. Dela partem os sons que nos transmitem a dor, a emoção, o crime e a solidão sentidas por Grenouille. Dele principalmente pois é desta personagem que todo o enredo se desenvolve.

Dou ainda uma ressalva bastante positiva para o fantástico guarda-roupa de época de Pierres-Yves Gayraud também ele que só engrandece aquilo que por si já é cinco estrelas.

As interpretações são também de mestre. Tom Tykwer foi de facto muito bom na escolha do elenco. Ben Whishaw está suberbo no papel de Grenouille, pois conseguemos transmitir não só a descoberta dos odores como as sensações que estes lhe fazem a um grande detalhe tal como o seu desespero quando não obtém aquilo que pretende. Um grande bem haja à sua nomeação ao European Film Award de Melhor Actor, que confesso ter sido uma grande pena minha não ter dela sido vencedor. Dustin Hoffman como Baldini o mentor e mestre de Grenouille também foi uma boa escolha, tal como Alan Rickman como Richis que o persegue e quer ver julgado. Entre muitos outros secundários este conjunto de actores funcionu na perfeição.

A minha pareciação geral deste filme não poderia deixar de ser a mais positiva possível tanto que escolhi o dia de hoje (o mesmo do "nascimento" de Grenouille para publicar o meu comentário ao filme. É um fanstástico espectáculo visual, bem como a nível de argumento e de interpretação. É um filme imperdível e são duas horas de excelente entretenimento.

Para aqueles que não ficaram convencidos com o meu simples comentário, aconselho que atentem aos últimos vinte minutos de filme que são puro espectáculo visual e cinematográfico. Para quem que como eu não leu o livro, o final será simplesmente surpreendente e um verdadeiro deleite. É honestamente dos melhores finais de um filme que alguma vez vi. Vivamente aconselhável.

Vamos dizer obra-prima? VAMOS!

"Narrator: He still had enough perfume left to enslave the whole world if he so chose. He could walk to Versailles and have the king kiss his feet. He could write the pope a perfumed letter and reveal himself as the new Messiah. He could do all this, and more, if he wanted to. He possessed a power stronger than the power of money, or terror, or death - the invincible power to command the love of man kind. There was only one thing the perfume could not do. It could not turn him into a person who could love and be loved like everyone else. So, to hell with it he thought. To hell with the world. With the perfume. With himself."



"Narrator: In the period of which we speak, there reigned in the cities a stench barely conceivable to us modern men and women. Naturally, the stench was foulest in Paris, for Paris was the largest city in Europe. And nowhere in Paris was that stench more profoundly repugnant than in the city's fish-market. It was here then, on the most putrid spot in the whole kingdom, that Jean-Baptiste Grenouille was born on the 17th of July, 1738. It was his mothers fifth birth, she delivered them all here under her fish-stand, and all had been stillbirths or semi-stillbirths. And by evening the whole mess had been shoveled away with the fish-guts into the river. It would be much the same today, but then... Jean-Baptiste chose differently."




10 / 10

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