17 Anni de Filippo Demarchi é uma curta-metragem de ficção suíça presente na secção In My Shorts do QueerLisboa - Festival Internacional de Cinema Queer a decorrer no Cinema São Jorge, em Lisboa.
Matteo (Fabio Foiada) é um jovem de dezassete anos que no despertar da sua sexualidade descobre em D. Massimo (Ignazio Oliva), o padre da aldeia e líder da banda onde toca tambor, o objecto do seu desejo.
Com o passar do tempo e a identificação em D. Massimo de alguém disponível para o escutar e ser seu guia, Matteo sente pela primeira vez ser capaz de falar com alguém que o compreenda. E talvez algo mais...
Demarchi tem em 17 Anni uma verdadeira história de despertar para o mundo. História esta na qual as ânsias e angústias de um jovem perdido numa qualquer aldeia rural ganham proporções cada vez mais desastrosas quando dirige para a pessoa errada toda a sua sexualidade, curiosidade e vontade de experimentação. Vontade esta que num misto de inexperiência e auto-descoberta ganha, a certa altura, um nível de auto-violência pela impossibilidade de ver cumprido a sua própria satisfação sexual e sentimental.
Este misto de confusões pessoais versus o isolamento de um lugar onde todos de uma ou outra forma se conhecem e, como tal, limitam uma saudável exploração do desconhecido, são perfeitamente representados pela prestação de Fabio Foiada que - tal como Demarchi referiu na apresentação do seu filme - enquanto actor inexperiente no seu primeiro trabalho se viu guiado pela mão do realizador, mesmo nos momentos mais íntimos, encarnando assim de forma perfeita a insegurança e incerteza daquilo que o esperava. 17 Anni é ainda complementado com a segura interpretação de Ignazio Oliva enquanto o padre da aldeia que através da sua amabilidade e disponibilidade para com os seus fiéis, entra - sem saber - num terreno "minado" do qual dificilmente conseguirá sair sem que para isso tenha de criar uma rápida e mordaz "fuga".
Um filme interessante pela forma como retrata a prisão interior não só através da interpretação de Foiada como também através do meio geográfico que graças às montanhas suíças qualquer uma destas personagens só se poderá sentir cativo e refém.
Matteo (Fabio Foiada) é um jovem de dezassete anos que no despertar da sua sexualidade descobre em D. Massimo (Ignazio Oliva), o padre da aldeia e líder da banda onde toca tambor, o objecto do seu desejo.
Com o passar do tempo e a identificação em D. Massimo de alguém disponível para o escutar e ser seu guia, Matteo sente pela primeira vez ser capaz de falar com alguém que o compreenda. E talvez algo mais...
Demarchi tem em 17 Anni uma verdadeira história de despertar para o mundo. História esta na qual as ânsias e angústias de um jovem perdido numa qualquer aldeia rural ganham proporções cada vez mais desastrosas quando dirige para a pessoa errada toda a sua sexualidade, curiosidade e vontade de experimentação. Vontade esta que num misto de inexperiência e auto-descoberta ganha, a certa altura, um nível de auto-violência pela impossibilidade de ver cumprido a sua própria satisfação sexual e sentimental.
Este misto de confusões pessoais versus o isolamento de um lugar onde todos de uma ou outra forma se conhecem e, como tal, limitam uma saudável exploração do desconhecido, são perfeitamente representados pela prestação de Fabio Foiada que - tal como Demarchi referiu na apresentação do seu filme - enquanto actor inexperiente no seu primeiro trabalho se viu guiado pela mão do realizador, mesmo nos momentos mais íntimos, encarnando assim de forma perfeita a insegurança e incerteza daquilo que o esperava. 17 Anni é ainda complementado com a segura interpretação de Ignazio Oliva enquanto o padre da aldeia que através da sua amabilidade e disponibilidade para com os seus fiéis, entra - sem saber - num terreno "minado" do qual dificilmente conseguirá sair sem que para isso tenha de criar uma rápida e mordaz "fuga".
Um filme interessante pela forma como retrata a prisão interior não só através da interpretação de Foiada como também através do meio geográfico que graças às montanhas suíças qualquer uma destas personagens só se poderá sentir cativo e refém.
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