Comportamento de Risco de Peter Howitt (que também escreveu o argumento, produziu e interpretou), conta-nos a história de um homem que sempre viveu à margem e no caminho dos excessos. Droga, alcoól, sexo e uma vida marginal sempre foram o seu dia-a-dia.
Depois de recuperar de um cancro e de voltar À sua vida normal desperdiça de novo a oportunidade que a vida lhe reservou. Até ao dia em que volta a ficar doente desta vez sem recuperação possível.
Este é daqueles filmes que apenas a sua última meia hora faz valer tudo o resto. A maior parte do tempo assistimos apenas à vida diária de um homem que não respeitava nada nem ninguém, e isto da forma mais agressiva possível. Nada lhe interessava, e criar laços de afectividade era quase uma tarefa impossível. No entanto, nesses últimos minutos do filme, exala uma dimensão humana provenientes da própra tragédia e que coloca o filme um patamar um pouco mais elevado.
O mesmo tom de comédia que existe inicialmente para com a sua vida à margem de tudo e de todos viaja para o seu oposto quando Howitt se apercebe que está perto do fim. Assistimos a uma grande viagem entre a decadência e a redenção.
Não posso dizer que seja o tipo de filme que conquiste facilmente alguém, no entanto quem lhe conseguir resistir ao início vai decerto ficar a gostar da parte final pois ultrapassa o simples filme das "broncas".
7 / 10
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