Singularidades de Uma Rapariga Loura de Manoel de Oliveira era um filme que me despertava alguma curiosidade já há algum tempo. Recentemente lá ganhei coragem e vi. A curiosidade advinha não só por ser um filme do Manoel de Oliveira como também pela participação da Catarina Wallenstein que digo será uma das grandes actrizes portuguesas do futuro.
Começo a ver o filme e o pior que anseava concretizou-se. Praticamente cinco minutos de silêncio onde temos um revisor a picar bilhetes. Momento este que só culminaria com o final do filme (felizmente pouco mais de uma hora depois) quando se vê o comboio seguir a sua viagem durante mais três minutos. Só aqui vão quase dez.
Pelo meio temos Leonor Silveira e Ricardo Trêpa a falarem um com o outro mas sempre a olharem a câmara e nunca a interagirem um com o outro. Monótono é a única palavra que me ocorre para descrever tão sem graça momento cinematográfico.
Pelo resto dos restante breves minutos do filme temos uma relação sem sal entre a personagem de Ricardo Trêpa e Catarina Wallenstein que em nada adianta nem no cinema português e muito menos nos míticos pares românticos que ficaram imortalizados no cinema. Não há química entre ambos mas sim um deambular de palavras sem graça e sem qualquer tipo de fluência. Pior não poderá haver (espero).
E os desempenhos... esses, meu deus, fracos, muito fracos, do pior. Espero que qualquer um dos actores se lembre de escolher papéis que os façam brilhar um pouco mais, porque estes e aqui, são de esquecer. Uma mancha no seu percurso profissional.
Com todo o respeito que me merece esse eterno Manoel de Oliveira, afirmo sem problemas que este deve ser de longe o seu pior filme. Por tudo. É um filme mole, sem graça, sem cor, sem energia e sem aquela dose de um quadro em movimento a que Oliveira nos habituou.
Um momento positivo do filme? Simplesmente não houve.
1 / 10
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