Brüno de Larry Charles e intepretado por Sacha Baron Cohen com base na personagem por si criada é um filme ao estilo documental mas com sequências encenadas de pura comédia. Confuso? Nem por isso.
O filme é a história de um comentador de moda austríaco gay extremamente irreverente e que vive o mundo à sua própria maneira até ser despedido do programa que apresenta. Aí resolve emigrar para os Estados Unidos e alcançar o estrelato que, na sua opinião, merece.
Uma vez chegado ao novo país embarca numa série de situações quase irreais para concretizar o seu objectivo que vão desde acções "humanitárias", publicidade ofensiva, o processo de paz do Médio Oriente, luta livre, cinema e muitas outras.
Pelo meio de tudo isto que descobrimos nós? Descobrimos que as pessoas envolvidas nestas suas situações revelam o mais profundo preconceito rácico ou sexual possível mas revestido de uma longa e extensa capa de moral e bons costumes. Claro que muitas situações são levadas a um extremo e podem de facto retirar o mais tolerante dos seres a uma posição mais extremista mas, por outro lado, também encontramos momentos do mais puro preconceito e é visivel que não é inventado mas sim algo real.
Não é o mais brilhante dos filmes é um facto, mas não deixa de ser uma peça interessante sobre os comportamentos, provocados ou não, do ser humano, bem como sobre a moral inerente a cada um. Depois claro, todos os exageros que são encenados são do mais hilariante possível e vale a pena pelos 80 minutos que o filme dura, não atingindo no entanto a fasquia imposta em 2006 pelo anterior filme de Sacha Baron Cohen, o famoso Borat.
Argumento é quase inexistente... temos uma série de linhas mestre que se devem ter de seguir e depois lá está, depende sempre da reacção do outro que, Baron Cohen aproveita para explorar até ao limite, mas considerando que o filme é mesmo pela pura das distracções, também não se pode exigir muito desde que, claro, valha a risada.
7 / 10
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Peralta....por amor de Deus!! Dar 7 em 10 neste filme é assassinar a setima arte! Eu vi o Filme ainda com a remota esperança que tivesse o espirito inovador e irreverente de Borat, mas please...! Nem 5 o filme devia ter!!! RC
ResponderEliminarHá que ver o filme por aquilo que ele é... uma comédia que atinge toda a gente... não é vê-lo como um óptimo filme porque isso ele NÃO É!!!
ResponderEliminarVejamos as situações em si... Temos ali o espírito americano no seu melhor... consultoras de Direitos Humanos que não sabem nada de NADA... "Ah e tal o DarFOUR está na moda"... DarFOUR, DarFIVE... DarTEN até... moral e bons costumes ? cada um que fique com os seus... um reversor gay que se lambia todo com os comentários que ele fazia? Qual moral???
Casamento e família? Que se veja a típica festa swing que é uma prática a milhares de pessoas...
Pais que vão a casting e não se importam que os filhos de 4 e 5 anos mexam em ácido e em químicos só para poderem ficar com trabalhos de actor ou fotográficos??!! Tentativas de paz no Médio Oriente quando nem sequer as próprias "vítimas" o querem porque não estão dispostos a ceder em nada...
É por tudo isso que o filme levou a nota que levou, não por ser uma pérola de representação... é corrosivo.. é isso que tem a sua graça! Não levou um 7 por se comparar a outros filmes, nem sequer ao próprio Borat.