Um Dia de Cada Vez de Mike Leigh é daqueles filmes dos quais tenho a impressão que por muito que fale me vai ficar por dizer muita coisa. Como tal começo apenas com uma simples mas bem resumida definição para ele: GENIAL!.
É assim que ela um dia lhe responde, falando de certa forma de tantas pessoas que apesar de tentarem ver a vida de outra forma é assim que pensam e tentam viver um dia de cada vez. Enquanto para Poppy a vida é para ser encarada com um sorriso e ver sempre o melhor de tudo e todos, para Scott nada interessa a não ser seguir a sua rotina que é a única coisa onde se sente seguro e tranquilo. Nada mais importa.
Gostei bastante deste filme pois mostra acima de tudo como funcionam as emoções e as reacções humanas não só aos momentos bons como também às adversidades. É uma reflexão sobre a vida, sobre os comportamentos, e sobre "nós". Especialmente sobre "nós". Sobre a forma como estamos no Mundo e como dele podemos retirar o melhor... ou não!
Brilhantemente nomeado para o Oscar de Melhor Argumento Original, foi uma pena enorme que não tenha conseguido vingar em tantas outras categorias, especialmente na de Melhor Actriz onde normalmente os filmes de Mike Leigh conseguem ser bem sucedidos.
Além das interpretações há ainda lugar para destacar a fantástica banda-sonora da autoria de Gary Yershon num registo que tanta dramatiza como dá vida à alegria efusiva de Poppy.
Finalmente não me privo de destacar como o grande momento do filme o flamenco, e em especial a instrutora, que Poppy vai tentar aprender para dançar.
É um grande e excelente filme para ver não só pelos seus bons momentos como também pelos maus num misto entre ambos que o torna credível e apetecível.
"Zoe: You can't make everyone happy.
Poppy: There's no harm in trying that Zoe, is there?"
10 / 10
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