No Limite do Amor de John Maybury é uma história sobre um amor obsesivo que ocorre no período pré-Segunda Guerra Mundial e que se arrasta para além dela.
Com as interpretações nos principais papéis de Keira Knightley, Sienna Miller e Cillian Murphy, esta história centra-se na obsessão que Matthew Rhys sente por Knightley, a sua amiga de infância, que ultrapassa o amor que sente pela sua mulher, interpretada por Sienna Miller.
Knightley que inicialmente o repudia volta novamente a sentir a atracção que tinha por ele quando eram adolescentes e, na ausência do seu marido (Murphy) na guerra deixa-se novamente envolver com o seu amor de adolescente.
Resto da história à parte porque essa tem de ficar para quem vê o filme, resta realçar os dramas de guerra que estão sempre presentes no filme, quer através dos traumas que as personagens apresentam quer através dos bombardeamentos ou das várias referências ao longo do filme dos subterrâneos onde os londrinos se refugiavam.
Não que seja um grande filme ou que tenha um grande argumento tem no entanto um aspecto curioso que se verifica em muitos filmes sobre a guerra que é o facto de como as pessoas saem mudadas e transformadas dela. Como ela aniquila muitos dos sonhos que os indivíduos têm e a forma como consegue tornar as pessoas mais frias e indiferentes. Aqui, apesar de não ser essa a tónica principal do filme, ou seja, a traição e a capacidade de manter ou não antigas amizades, está no entanto também bastante presente.
É sim no entanto muito bom a nível de cinematografia da autoria de Jonathan Freeman pois nos tons escuros utilizados transmite-nos na perfeição a época negra, sem sonhos ou objectivos que se vivia nos anos 40.
Agradável de se ver mas não será de todo melhor que um dos anteriores filmes e Knightley, Atonement.
7 / 10
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